USP: Estudo da Esalq é modelo para integração de centros de educação ambiental

A rede está sendo implementada e conta com aproximadamente 200 educadores ambientais atuantes

sáb, 07/06/2003 - 20h21 | Do Portal do Governo

A partir de uma dissertação de mestrado apresentada na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP de Piracicaba, o Ministério do Meio Ambiente inaugurou no final de abril a Rede Ceas, um site voltado à integração dos Centros de Educação Ambiental espalhados por todo o País.

‘Quando iniciei as pesquisas em 1999, percebi que existiam muitas iniciativas de educação ambiental espalhadas pelo País, mas não estavam compiladas’, afirma o agrônomo e educador ambiental Fábio Deboni da Silva, autor da pesquisa.

Silva, que faz parte do Laboratório de Educação e Política Ambiental (OCA) da Esalq, explica que o objetivo foi construir um espaço de intercâmbio, troca de experiências e discussão voltado à educação ambiental nacional.

Com o mapeamento dos centros, foi possível realizar um diagnóstico das atividades e objetivos e deixar todas essas informações disponíveis para uso dos educadores. ‘Queria transformar meu estudo em algo que pudesse ser plenamente utilizado pelos Ceas e que viesse contribuir para sua atuação’, enfatiza.

A rede está sendo implementada e conta com aproximadamente 200 educadores ambientais atuantes, inseridos no processo em andamento. Por intermédio da Rede Ceas, os educadores poderão ter acesso aos links dos centros cadastrados, à agenda de eventos e políticas públicas em andamento e a participação em fóruns de discussão.

Política integrada
O assunto ainda necessita de muitas ações que proponham fundamentação teórica e diretrizes. De acordo com o professor Marcos Sorrentino, coordenador do OCA e diretor do Programa Nacional de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, existe uma diversificação dos centros. ‘As iniciativas vão desde pequenas propriedades rurais, atuando com recursos escassos, até empresas multinacionais que investem milhares de dólares na educação ambiental’, afirma.

Para ele, é necessário forjar uma política entre os centros de educação ambiental do País para que haja uma comunicação integrada. ‘A meta é conhecer os centros, onde estão e o que estão fazendo, e preencher lacunas realizando uma política de intercâmbio de experiências’, diz.

Fábio Deboni da Silva, o atual moderador da rede, traça algumas dificuldades a serem superadas, como a falta de dinheiro e de pessoal para implementar os serviços da rede e a dificuldade de divulgação junto aos centros. ‘Outro fator é a conscientização dos educadores ambientais de que eles são importantes instrumentos de ação nesse campo’, ressalta.

A iniciativa da Rede Ceas está conectada com a Rede Brasileira de Educação Ambiental e a Rede Paulista de Educação Ambiental.

Mais informações: (19) 3436-8648 com Fábio Deboni da Silva

Cinderela Caldeira, da Revista Espaço Aberto