Com o objetivo de promover o financiamento da produção em larga escala do biodiesel e facilitar o agronegócio de biocombustíveis no Estado, o governo paulista criou na quinta-feira, dia 15, a Câmara Setorial Especial de Biocombustíveis. A nova instituição será dirigida pelo professor Miguel Dabdoub, da USP de Ribeirão Preto e, em breve, apresentará um projeto estadual com políticas públicas para a questão do biodiesel.
O pesquisador Dabdoub coordena o Laboratório de Desenvolvimento de Tecnologias Limpas (Ladetel) da USP Ribeirão Preto. “Os biocombustíveis têm a vantagem de gerar empregos, aumentar a produção agrícola e provocar impactos positivos no meio ambiente, com a redução da poluição”, explica o pesquisador.
A Câmara Setorial terá profissionais de entidades ligadas à Secretaria Estadual de Agricultura, como a Agência Paulista de Tecnologias de Agronegócios (Apta) e a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati). E também representantes do setor sucroalcooleiro, agroindústria de óleos vegetais, indústrias automobilística, de transportes, produção e distribuição de combustíveis, universidades, organizações de produtores, cooperativas e especialistas em questões ambientais e tributário-ecológicas.
Esalq de Piracicaba torna-se pólo nacional
O Salão Nobre da Escola Superior de Agricultura ‘Luiz de Queiroz’ (Esalq) da USP, em Piracicaba, foi palco na sexta-feira, do lançamento do Pólo Nacional de Biocombustíveis Brasil. Ao evento compareceram o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin e o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues.
O pólo é uma iniciativa federal que visa a reunir e integrar as pesquisas brasileiras sobre energias renováveis e ampliar a capacidade competitiva do País no setor. Segundo José Roberto Parra, diretor da Esalq, o projeto envolve centros de pesquisa sobre biocombustíveis da Unicamp, Unesp, Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), Esalq, USP de Ribeirão Preto e de outras
instituições.
Com a intenção de se tornar um centro de referência internacional, o pólo vai também centralizar todas as ações da utilização de biocombustíveis, como o etanol e o biodiesel. “Para atingir essas metas serão feitos investimentos no desenvolvimento de pesquisas obtidas com a cana-de-açúcar e derivados, além de outros insumos como madeira, girassol, milho, amendoim e soja”, explica Parra.
“O espaço do pólo está aberto para a participação de produtores e distribuidores de veículos e de combustíveis instalados no Brasil. E também para as indústrias que integram a cadeia produtiva do agronegócio nos projetos do pólo”, acrescenta.
Ainda não está decidido o local para abrigar a sede da entidade, onde as pesquisas deverão se concentrar. A idéia é que o pólo seja instalado na Fazenda Experimental Areão, da Esalq, em Piracicaba.
As duas novas instituições, o pólo e a câmara setorial, trabalharão em escalas diferentes. “A Esalq possui experiência em pesquisas em álcool combustível e coordenará o Pólo Nacional, e a USP de Ribeirão Preto, onde fica o centro mais avançado de pesquisa em biodiesel do Brasil, a Câmara Estadual”, explica Parra.
Da Assessoria de Imprensa da Esalq
