USP: Beneficiamento de hortaliças diminui desperdício e agrega valor

Pesquisa desenvolvida na Escola Superior de Agricultura procurou determinar métodos para corte e embalagem

ter, 30/03/2004 - 13h21 | Do Portal do Governo

Técnicas simples de beneficiamento em hortaliças fora dos padrões de comercialização podem melhorar o aproveitamento desses produtos. Uma pesquisa desenvolvida no Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição da Escola Superior de Agricultura ‘Luiz de Queiroz’, da USP de Piracicaba, procurou determinar métodos para corte e embalagem de cenoura, pimentão e salada mista, composta por batata e vagem, que diminuem o desperdício dos alimentos.

‘A principal vantagem dessa técnica, que chamamos também de processamento mínimo, é que ela permite ao produtor agregar valor ao produto. O que ele venderia por centavos, pode chegar R$ 4,00 ou R$ 5,00 ‘, argumenta Lucimeire Pilon, autora do estudo e uma das responsáveis pela compra dos equipamentos do projeto. Um dos exemplos desse acréscimo no valor é o da cenoura: 250 gramas do produto minimamente processado custam R$2,35; in natura, o preço do quilo é R$0,99.

O trabalho foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp) com a finalidade de estabelecer uma agroindústria no município de Piedade, no interior de São Paulo. ‘A finalidade era vender as hortaliças para o programa de merenda escolar da prefeitura, o que caracteriza a pesquisa como ação de política pública’, conta Lucimeire.

Além de definir as técnicas para o processamento, a pesquisadora fez análises microbiológicas, sensoriais, físico-químicas e nutricionais dos alimentos. ‘O estudo propõe soluções para problemas como a oxidação da batata, por exemplo. Com um tratamento químico bastante simples, com ácido ascórbico, é possível aumentar a vida útil do alimento e fazer com que o agricultor tenha um aproveitamento maior da produção’, esclarece.

Da Agência Imprensa Oficial

(AM)