É a última unidade que estava fora do atual modelo da Febem, com espaços menores, descentralizados e forte agenda educativa
A partir do início do próximo ano, todas as unidades da Febem estarão integradas ao novo modelo de administração implantado pelo Governo do Estado, com espaços menores, forte agenda educativa e descentralizada, para que os menores fiquem próximos da família. O governador Geraldo Alckmin anunciou nesta quarta-feira, dia 10, que a unidade 31 de Franco da Rocha (a última que ainda não se adaptava ao novo programa) será fechada ainda em 2003, no próximo dia 30.
Alckmin destacou que não existirá mais unidades grandes na Febem. “Os menores que estão em Franco da Rocha serão distribuídos pelas unidades já existentes e, posteriormente, para as novas unidades da Raposo Tavares, que estão sendo construídas”, informou. Segundo ele, pelo novo sistema da Febem os jovens recebem educação formal e profissionalizante. “Com isso, eles se preparam para sair em condições de integrar o mercado de trabalho”, defendeu.
A Febem vem firmando parcerias com a iniciativa privada para que os adolescentes saiam da internação com emprego garantido. Alckmin informou que estas parcerias poderão ser ampliadas no próximo ano. “E em 2004 daremos um novo passo, que será o modelo de gestão compartilhada com o terceiro setor, como já fazemos nos hospitais estaduais e na Rede Bom Prato de Restaurantes, que oferece refeição ao preço simbólico de um real”, disse. Segundo ele, isso não representará uma economia para o Estado, mas um maior esforço na questão da reinserção e educação dos menores. “Não vamos gastar um centavo a menos”, enfatizou.
O governador lembrou que atualmente o índice de reincidência de atos de infração entre os menores que estiveram na Febem caiu para 19%. “E esse número irá cair ainda mais. Nós acreditamos na recuperação do adolescente.”, afirmou. A unidade 31 de Franco da Rocha deverá ser transformada em um Centro de Detenção Provisória para abrigar os presos que estão em distritos policiais superlotados da Capital.
Rogério Vaquero
