Uma nova técnica ampliou a vida de prateleira da carne-de-sol, de quatro para sete semanas, sem que haja necessidade de dessalga para ir à grelha ou à panela. A pesquisa desenvolvida pela engenheira de alimentos Cristiana Ambiel ampliou o potencial de industrialização do alimento, que poderá freqüentar as mesas de todo o Brasil e até de outros países.
O trabalho foi o primeiro colocado do Concurso Nacional de Criatividade para Docentes de 2003, na categoria Processo Inovador na área de alimentos. A técnica é resultado da tese de mestrado da engenheira e integra uma linha de pesquisa da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp. A investigação constitui, segundo ela, a terceira fase de um projeto que tem por objetivo conferir maior facilidade e segurança para a comercialização da carne-de-sol.
A pesquisadora criou uma formulação inédita, que leva cloreto de sódio e lactato de sódio. Depois de várias tentativas, ela chegou à mistura ideal para garantir maior conservação do produto. Embalada a vácuo e mantida sob refrigeração de 4ºC, a carne-de-sol teve sua durabilidade ampliada sem que houvesse alterações consideráveis de sabor, cor e textura. “Na avaliação sensorial, a aceitação do produto obteve média de 7,8, numa escala de 1 a 9”, afirma.
Da Agência Imprensa Oficial
(AM)