Unesp: Raio laser atua na recuperação dos ossos

Pesquisadora obteve êxito na aceleração do processo de regeneração de células ósseas de ratos

seg, 20/01/2003 - 11h22 | Do Portal do Governo

Uma professora do Departamento de Fisioterapia da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT), câmpus da Unesp de Presidente Prudente, está utilizando raio laser na recuperação de fraturas e problemas de osteogênese (formação dos ossos). Ivânia Garavello apresentou os resultados da pesquisa na sua tese de doutorado.

A pesquisadora obteve êxito na aceleração do processo de regeneração de células ósseas de ratos. Com esse estudo, recebeu no final do ano passado, em Florença, na Itália, o primeiro prêmio do Congresso Laser e Medicina, promovido pela International Academy for Laser Medicine and Surgery. Ela concorreu com mais de cem outros trabalhos de diversos países.

O estudo utilizou 32 ratos que tiveram suas tíbias perfuradas. Em média, esses roedores recuperam-se da lesão entre três e quatro semanas. Os resultados concluíram que o uso do laser pode encurtar esse processo para pouco mais de uma semana.

Resultados dos testes

Os animais foram divididos em três grupos: o primeiro não foi submetido ao laser, o segundo recebeu uma aplicação correspondente a 31,5 joules (uma medida de energia) e o terceiro, o equivalente a 94,5 joules. A radiação foi considerada suave, ou seja, o raio laser foi emitido por um aparelho de baixa potência, correspondente a 1 watt (a lâmpada caseira, normalmente, tem potência entre 60 e 100 watts).

De acordo com a pesquisadora, entre os que receberam radiação, a regeneração óssea foi acelerada em 30% na primeira semana, com aumento de quase 60% no número de vasos sangüíneos. Os testes foram realizados nos microscópios eletrônicos do laboratório da Unicamp, sob orientação dos professores Vitor Baranauskas e Maria Alice Cruz-Hofling.

A fisioterapeuta da FCT ressalta as perspectivas de aplicação médica do trabalho. “A importância de um estudo como este é a possibilidade de melhorar a qualidade de vida dos seres humanos”, conta a pesquisadora. “Pelo menos três pessoas com problemas de osteogênese me procuraram, oferecendo-se como voluntárias em experiências”.

Da Agência Imprensa Oficial
(Fonte: www.unesp.br)

A.M.