Unesp: Rádios comunitárias incentivam a prática da cidadania

Assunto é tema de dissertação de mestrado

qui, 09/10/2003 - 11h45 | Do Portal do Governo

Da Agência da Unesp

A multiplicação das rádios comunitárias tem contribuído com a prática da cidadania entre a população. Essa é a conclusão do jornalista João Moretti Júnior, em sua dissertação de mestrado, apresentada na Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (Faac), no campus de Bauru. Rádio Comunitária: Na era digital, a audiência de fundo de quintal é um relato do advento das rádios comunitárias e das modificações sociais trazidas por elas.

As inovações tecnológicas ocorridas na década de 90, período de maior crescimento no número de rádios comunitárias, facilitaram a implantação de emissoras e provocaram, também, a proliferação de milhares de rádios irregulares pelo país.

‘Nos últimos anos, diminuíram o número e o tamanho dos equipamentos necessários para montar uma rádio. Um microcomputador armazena milhares de músicas e os transmissores são pequenos. Atualmente, uma rádio comunitária pode permanecer no ar com um número muito reduzido de pessoas face aos avanços tecnológicos’, enfatiza Moretti.

A pressão dos pequenos radiodifusores e da população foi determinante para que o governo publicasse, em 1998, a lei que institui o serviço de radiodifusão comunitária. Segundo o pesquisador, hoje, no Brasil, um grande número de emissoras possui a licença definitiva por dez anos, Só no Estado de São Paulo existem mais de 300 autorizadas pelo governo.

Moretti explica que ocorre uma grande modificação no comportamento das comunidades onde são instaladas essas emissoras. Cada morador pode participar da programação com sugestões e reclamações. Além disso, existe uma identificação com a linguagem. ‘Pessoas da própria comunidade atuam como locutores. Fato que faz com que os ouvintes se identifiquem e se sintam representados pela rádio comunitária’, afirma.

Mais informações podem ser obtidas no site www.unesp.br

V.C.