Unesp: Desenvolve tecnologia para tratar picadas de insetos

Estudo foi feito pelo campus de Rio Claro

ter, 21/12/2004 - 18h16 | Do Portal do Governo

Do Portal da Unesp


Uma ferroada de vespa, abelha ou formiga pode trazer complicações sérias à saúde principalmente se a pessoa atingida for alérgica aos venenos destas espécies que, de acordo com dados internacionais, atinge 0,3% a 4% da população mundial. São edemas, taquicardia, urticária, entre outros 30 sintomas descritos na literatura científica. Se for um ataque em massa, a vítima pode apresentar lesões nos rins, fígado e coração, levando até mesmo à morte.

O tratamento mais indicado para este tipo de alergia é a aplicação de um extrato feito a partir de proteínas do próprio veneno do inseto agressor para estimular a defesa do organismo. O problema é que os disponíveis no mercado, produzidos nos EUA e na Europa, são baseados em espécies típicas de clima frio, que não induzem a proteção imunológica adequada.

Segundo os especialistas, a solução passa, então, pela identificação do inseto agressor, a coleta do seu veneno e a preparação de um extrato padronizado que estimule a produção de anticorpos específicos da espécie. Só que, no Brasil, existem cerca de 500 espécies, apenas de vespas, e há poucos laboratórios preparados para desenvolver este tipo de medicação.

O Centro de Estudos de Insetos Sociais (Ceis), unidade auxiliar do Instituto de Biociências (IB) da UNESP, campus de Rio Claro, é um dos poucos que possuem condições para produzir os soros antiveneno e extratos para imunoterapia destas alergias. Depois de dez anos de estudos, levantando as espécies mais incidentes em cada região do País e fracionando substâncias dos venenos, o CEIS acaba de desenvolver uma tecnologia que vai proporcionar a sua produção em larga escala.

Mais informações podem ser obtidas no site www.unesp.br

C.A.