Turismo é prioridade do Governo Paulista

Com a regulamentação do Conselho Estadual de Turismo, setor quer se desenvolver para geração de mais emprego e renda

qua, 03/09/2003 - 17h41 | Do Portal do Governo

‘O desenvolvimento do turismo, uma das prioridades do Governo de São Paulo para geração de emprego e renda começa a se estruturar de forma mais vigorosa com a regulamentação Conselho Estadual do Turismo’, disse nesta quarta-feira, 3, o secretário da Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo, João Carlos Meirelles. A regulamentação foi assinada na terça-feira, dia 2, por decreto do governador Geraldo Alckmin.

O Conselho, presidido por Meirelles, é constituído por representantes de 13 secretarias de Estado e 11 entidades do setor, como federações, sindicatos e associações de agências de viagem, hotéis e restaurantes, promotores de feiras e eventos, entre outros. Ainda este mês, o Conselho deverá se reunir para discutir as principais ações a serem desenvolvidas pelo Estado e o setor do turismo, informa o secretário.

‘Além de contemplar as 67 estâncias turísticas, vamos abrir frentes em vários circuitos, como o das frutas, em Valinhos, Vinhedo e Jundiaí, das entradas e bandeiras, como Porto Feliz, Tietê e Laranjal Paulista, dos esportes náuticos e pesca ao longo da hidrovia Tietê-Paraná, como Pederneiras, Barra Bonita, Araçatuba e Promissão, das fazendas históricas no Vale do Paraíba, das praias da Baixada Santista e Litoral Norte’, afirma Meirelles.

Outro projeto que o secretário considera de importância é o chamado ‘Mais um Dia’, desenvolvido para a Capital. ‘Aqui temos o maior fluxo de turismo de negócios do Brasil – 6 milhões de pessoas por ano, que ficam apenas nos dias de evento, sem conhecer as grandes atrações culturais, artísticas e gastronômicas da cidade. Então, nosso objetivo é fazer com que elas prolonguem estadia e sintam a beleza de São Paulo’

O secretário afirmou que o Estado está programando a construção de um novo grande centro de convenções e de exposições para eventos de grande porte, com estudos de algumas alternativas de local, com capacidade para 20 mil pessoas. “Com todo o seu potencial no turismo de negócios, com boa infra-estrutura hoteleira, proximidade de aeroportos, atrações de lazer e cultura, não há em São Paulo espaços para eventos para mais de duas a três mil pessoas.”

No setor do turismo convencional, São Paulo tem belezas extraordinárias em suas praias e montanhas, “mas em alguns locais falta uma boa estrutura de hotéis e vamos trabalhar nesse sentido”, acentuou. Por isso, haverá um grande esforço o desenvolvimento do circuito das praias, de Peruíbe a Bertioga, na Baixada Santista, bem como o circuito de São Sebastião a Ubatuba, no Litoral Norte, hoje bem servidas de rodovias.

Para Meirelles, é preciso explorar novos ângulos, como por exemplo, o turismo de pesca. “Só no rio Paraná há lagos extraordinários,” disse o secretário, lembrando que o turismo de pesca representou nos Estados Unidos cerca de U$ 21 bilhões com a compra de materiais e de barcos, entre outros.

O setor do turismo rural é outro potencial a ser explorado com vigor, já que São Paulo tem uma “excelente infra-estrutura em regiões como o Vale do Paraíba, onde há casarões históricos belíssimos.”
Já no setor do ecoturismo, é preciso ir além das tradicionais, como visitar a Serra da Bocaina ou a Serra da Mantiqueira, acentua. ‘O Vale do Ribeira com suas cavernas e atrações ecológicas terá atenção especial.

Os esforços para o desenvolvimento do setor irão exigir treinamento de pessoas, além da identificação, por parte do setor privado, dos gargalos em que o Governo pode ajudar, “como pequenas estradas para se atingir com maior facilidade locais atrativos”, concluiu.

Takao Miyagui,/i>