Trens Metropolitanos: Exposição fotográfica atrai usuários da CPTM

Mostra traz 86 fotos, fruto de uma seleção minuciosa de 25 anos de trabalho do fotógrafo Elizeu Pires

qui, 10/07/2003 - 19h32 | Do Portal do Governo

Foi inaugurada, na passarela nova da Estação Brás, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), a exposição “Pelas Lentes de Elizeu Pires”. A mostra traz 86 fotos, fruto de uma seleção minuciosa de 25 anos de trabalho do fotógrafo, mostrando um pouco do cotidiano ferroviário.

O Agente de Segurança, da CPTM, Dirceu de Souza Macedo, se reconheceu em uma foto tirada por Pires, em 1986, e ficou emocionado: “naquela época eu tinha 10 anos de ferrovia”, comentou. Também o Gerente de Segurança Operacional, Zilmar Roberto Ferreira da Silva, que acaba de se aposentar, se emocionou quando viu uma foto em que tinha 38 anos.

A Banda da Polícia Militar fez uma apresentação especial durante a abertura do evento, chamando a atenção de quem passava pelo local. O momento mais aplaudido foi quando os músicos tocaram “Aquarela do Brasil”, em comemoração ao nascimento de Ary Barroso que, se fosse vivo, estaria completando 100 anos.

As histórias do caminho

A exposição traz momentos históricos como a reivindicação salarial dos ferroviários, que culminou uma greve de 24 dias, no ano de 1985, a cantora Rita Lee, políticos e usuários que passaram pelas dependências da ferrovia. Personagens como o caricato barbeiro da Estação da Luz também foram lembrados, além de funcionários, trens e estações.

Entre os temas fotografados, a Vila de Paranapiacaba é o preferido do autor, que tem muitos casos pitorescos a contar. Um deles foi a oportunidade de fotografar o chamado túnel 4, na Serra do Mar, uma verdadeira aventura para quem conhece o local e precisa seguir até lá, a pé.

“Tive de atravessar a ponte sobre o trecho da grota funda, que tem cerca de 800 metros de profundidade. Anexa às linhas, existem passagens formadas por placas de zinco para quem precisa realizar serviços de manutenção etc. Como muitas dessas placas estavam deterioradas fui obrigado a trabalhar rastejando, em alguns trechos, como os soldados na guerra, para diminuir os riscos de cair precipício abaixo”, lembra.

A exposição ficará na Estação Brás até o fim de julho, de onde seguirá para a estação Barra Funda.