A partir de 15 de agosto, quem circula pela Estação da Luz, no saguão 2 da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), poderá apreciar trabalhos inéditos, preparados especialmente para a exposição fotográfica ‘Convite a uma outra viagem’, que fica em cartaz durante um mês – até 15 de setembro.
Sob curadoria e coordenação de Edgardo Arenas, a mostra reúne 14 painéis onde estão exibidas as criações de nove artistas plásticos. ‘Além da integração de transportes, simbolizada nos dias de hoje pela Estação da Luz, onde se unem fisicamente CPTM e Metrô, a mostra se propõe a retratar o aspecto da integração cultural que ocorreu no passado, no século XIX, quando da construção desse espaço’, comenta Edgardo.
Ele se refere aos conceitos arquitetônicos, os materiais, informações e estilo de vida que os ingleses, responsáveis pelo projeto, traziam na bagagem quando chegavam aqui. ‘Uma fusão de conhecimentos e hábitos culturais que fez surgir a estação, bem como consolidar seu papel no desenvolvimento da metrópole’, completa o curador.
Foi esse contexto que inspirou a temática da exposição, em que referências de época e o espírito contemporâneo serviram de inspiração aos artistas. Com a incumbência de apresentar a ‘confluência da fleuma britânica com o desvario paulistano’, segundo os organizadores, eles dividiram-se em dois grupos, compostos por representantes de diferentes gerações.
Um conta com quatro criadores experientes, que já atuam no mercado artístico: Paulo Queiroz, Rafaele Resaffi, Marcos Spellato e Dani Tagen. Eles trabalharam – ao seu modo e com materiais que escolheram – com a atualidade da Estação da Luz, refletindo sobre a reforma do local e seus envolvimentos, além da dinâmica atual do fluxo vertiginoso de um pólo de transporte público desse porte.
Constituído por cinco artistas recém-formados – Leilah Costa, Sônia Cunliffe, Simões Barros, Fernando Tendolini e Anna Donadio, o outro grupo manifestou o ‘contraponto’. Seguindo suas próprias diretrizes em termos de expressão, basearam-se nos aspectos do período em que a Estação da Luz começou a ser construída, trabalhando com dados históricos, a questão urbanística [entorno do local], a arquitetura daquela época, o espírito inglês que se confrontava com a cultura e modo de ser paulistano, entre outros itens.
O projeto poderá ser conferido gratuitamente pelos usuários que circulam pelo sistema ferroviário e utilizam a integração físico-tarifária com o Metrô. A iniciativa faz parte das ações culturais desenvolvidas pela CPTM, em suas dependências.
Da Assessoria de Imprensa da CPTM
J.C.
