Trechos da entrevista coletiva Geraldo Alckmin após anúncio de licitação para retomada de obras em H

Parte I

seg, 13/08/2001 - 15h58 | Do Portal do Governo

Parte I

Hospital

Repórter – Quais as providências que estão sendo tomadas em relação à obra?

Alckmin – Amanhã (terça-feira) será publicada no Diário Oficial a concorrência pública para a construção dessa obra. Nós imaginamos de 60 a 90 dias para o processo licitatório e depois o início da construção. O início da obra mesmo será no final deste ano ou comecinho do ano que vem. Essa é uma obra prevista entre R$ 12 milhões e R$ 13 milhões, fora equipamentos que estão em torno de R$ 9 milhões. Serão 200 leitos a mais. Atualmente são 59 leitos de observação, que acabam sendo utilizados porque não há leitos suficientes. Então, serão 200 leitos a mais. As salas de cirurgias passam de duas, existentes hoje, para 9 salas; um novo centro cirúrgico; toda a parte de diagnóstico por imagem; quimioterapia; leitos de UTI, que passam de quatro para 23, incluindo UTI infantil; e hospital/dia, que é um hospital de referência de alta complexidade e tecnologia para Mogi e região. Totalmente gratuito, 100% SUS.

Repórter – Governador, o senhor pode explicar a ampliação do Hospital Arnaldo Pezzuti?

Alckmin – Esse hospital não terá obras físicas. Ele terá uma reorganização sob o ponto de vista administrativo. Anteriormente, era um hospital de hanseníase, transformou-se num hospital geral e precisa de uma reorganização administrativa. O Governo vai gastar em torno de R$ 28 mil por mês a mais nessa reestruturação.

Repórter – Muita gente de outras cidades viajam para cá para se internar. Existe previsão de construção de hospital em outra cidade aqui do Alto Tietê?

Alckmin – Não. Aqui na região, o governador Mário Covas concluiu o Hospital de Itaquaquecetuba, que já está funcionando Na Capital, o Hospital do Itaim Paulista, que também já está funcionando, e Guarulhos, que também está funcionando. Então foram feitos três novos hospitais aqui na região. Na zona Leste de São Paulo vamos entregar mais um hospital, em Sapopemba. Mas, aqui na região, é o de Mogi.

Segurança Pública

Repórter – Em relação à Segurança Pública, governador, Mogi das Cruzes vai ganhar Centro de Detenção. Agora a surpresa foi a construção desse Centro de Detenção também na cidade de Suzano…

Alckmin – É, o CDP é necessário, porque você desativa a cadeia pública, trocando uma cadeia ruim, que não tem segurança, que não tem revista, que não tem guarda de muralha, que tem superlotação, que geralmente está mal localizada, por um bom Centro de Detenção, para aqueles presos que ainda não foram condenados, chamados de presos provisórios, que estão aguardando julgamento. Esses presos saem dessas cadeias e ficam nos Centros de Detenção Provisória. A capacidade é de 768 presos, não há superlotação e há um sistema de segurança extremamente rígido. Há guarda de muralha, enfim, não há esse absurdo das superlotações que as cadeias têm de maneira inadequada. O problema dos presos aqui na região deve ser equacionado. No caso de Mogi das Cruzes, o terreno é da prefeitura. O prefeito Junge Abe disse que conclui a doação em dez dias e, concluída a doação, o projeto está pronto, nós imediatamente abrimos licitação. Concluída a licitação, em 180 dias está pronto o CDP.

Obras viárias

Repórter – Com relação à Mogi-Dutra, o senhor teria alguma informação?

Alckmin – A rodovia Mogi-Dutra é uma das três prioridades do Governo. Realmente é uma obra necessária a duplicação, o VDM (volume diário de veículos) é alto aqui na região, ela é importante para a cidade e para a região. Nós estamos aguardando um pouco a questão da arrecadação, agora em agosto deu um pequeno soluço, uma pequena queda em razão de todas essas circunstâncias de energia, dólar, câmbio, Argentina, mas achamos que é transitória. A hora que der uma folga nós vamos ‘raspar o fundo do tacho’ e fazer.

Repórter – Outra obra que é importante é o viaduto Brás Cubas. Vem uma verba de R$ 13 milhões do Governo Federal, mas restam R$ 10 milhões. Esse dinheiro pode estar vindo do Governo Estadual?

Alckmin – Nós vamos ter em seguida uma conversa com os prefeitos da região e com o prefeito de Mogi e nós vamos verificar as parcerias que são possíveis de serem feitas.