Trechos da entrevista coletiva do governador Geraldo Alckmin após a cerimônia de inauguração da prim

Parte I

ter, 11/12/2001 - 16h22 | Do Portal do Governo

Parte I

Hospital de Vila Alpina

Repórter: Governador, o que vai ter nesta primeira fase do hospital e na segunda?

Alckmin: A primeira fase começa a funcionar amanhã, com toda parte de ambulatório. São 13 especialidades que começam a funcionar imediatamente. Também toda parte de laboratório de análises clínicas e de diagnóstico por imagem. Daqui a aproximadamente 70 dias, ou seja, no dia 1º de março, começa a funcionar todo o hospital. Setenta e quatro leitos, unidade de terapia intensiva, enfim, um hospital como um todo. O importante é que esse é um hospital de alta complexidade, porque terá UTI neonatal, maternidade de alto risco – casos graves de gestantes podem vir para cá. A UTI neonatal vai ajudar não só a população de Vila Alpina e Vila Prudente, como toda a cidade. Porque não se têm muitos leitos com esse nível de equipamentos sofisticados como desta UTI neonatal. Também vai ter UTI infantil e de adultos. Tudo isso dentro de uma concepção muito humanista. Parto humanizado. Na UTI neonatal cada leito terá uma cadeira-sofá para a mãe ficar o tempo inteiro ao lado da criança, não tem limite de tempo. Quem vai fazer o gerenciamento do hospital é o Seconci, uma organização social que já é nossa parceira no Hospital de Itapecerica da Serra. Ganhou vários prêmios de parto humanizado, banco de leite, atendimento à criança. Enfim, um hospital geral com 220 leitos de graça para a região.

Repórter:Essa população era atendida onde, governador?

Alckmin: Em São Mateus, que é muito longe. Lá no Ipiranga, que também é longe, no Hospital das Clínicas e uma parte não era atendida, até pela dificuldade. Quer dizer, esse hospital vai atender uma demanda reprimida. Esse é o quarto hospital na Capital que é concluído, equipado e passa a entrar em funcionamento. Foram Pedreira e Grajaú na Zona Sul, Itaim Paulista, na Zona Leste, e agora Vila Alpina. O próximo hospital a ser entregue é o de Sapopemba, aqui na Zona Leste também. Então teremos cinco novos hospitais em funcionamento.

Repórter: E o Instituto da Mulher?

Alckmin: Quando o governador Mário Covas assumiu, tínhamos aproximadamente 22 esqueletos de concreto. Ou seja, 22 prédios parados. Parados porque as obras não foram pagas. Algumas pararam em 1993, outras no ano seguinte. Qual o procedimento correto? Retomar um por um, priorizando onde há mais necessidade de leito hospitalar. Não teria sentido primeiro retomar o Instituto da Mulher, que está no espigão da Avenida Paulista, onde se tem um hospital ao lado do outro – Hospital das Clínicas, Incor, Emílio Ribas, Santa Catarina, Oswaldo Cruz. E nas regiões Sul e Leste existem 400 mil pessoas ou até meio milhão de pessoas sem ter um leito hospitalar. O Governo corretamente retomou primeiro as obras nas regiões mais carentes de hospitais. Agora que terminaremos todos de São Paulo, o de Sapopemba será o último, aí virá o Instituto da Mulher. Nós já determinamos à Secretaria de Saúde a elaboração do projeto executivo do término da obra, que não tinha projeto executivo e houve uma mudança no escopo da obra para se ter mais leitos.

Repórter: Não há uma data definida ainda?

Alckmin: Não. Terminando o projeto executivo, nós vamos licitar a obra.

Repórter: E quantos leitos até agora foram licitados desde a gestão Mário Covas?

Alckmin: Nós chegaremos até 2002 com a criação de 6.580 novos leitos. Esse é o 13º hospital entregue, numa média de 250 leitos para cada um. Já dá quase 3.000 leitos e temos outros 3.000 de recuperação de leitos que estavam fechados. O Hospital das Clínicas vai ter mais 400 leitos. Há ainda o Hospital Militar, o Darcy Vargas, outros hospitais que estão sendo ampliados. Tudo isso é um fato recorde. Esse é o 13º entregue, o de Sapopembra será o 14º, Bauru o 15º, São José dos Campos o 16º, fora as ampliações.

Repórter: O que representa para o Estado e a população, essas entidades que administram os novos hospitais?

Alckmin: Quando a lei foi encaminhada para a Assembléia Legislativa, houve uma grande resistência, porque nós vivemos no Brasil a ‘lei da inércia’, tudo que se quer mudar tem resistências. A crítica era de que iríamos privatizar os hospitais. Não é privatizar, isso aqui é um hospital público. Ele é gratuito, tem equidade (todos são tratados de maneira igual, não tem nenhuma diferença) e universalidade (ele é aberto). Agora, para gerenciamento, temos de ter a melhor eficiência possível. As organizações sociais tem expertise, tem conhecimento, tem agilidade. E o Governo controla e paga e a população ganha muito em eficiência. Não é para ficar mais barato, não. Até fica mais caro, porque como é eficiente, atende mais doentes, não se tem UTI ou leitos fechados. Essas organizações atendem com muita rapidez e eficiência. Então, gasta mais, mas atende mais e melhor a população.

  • Leia a parte final da coletiva.