Trechos da entrevista coletiva concedida pelo governador Alckmin nesta segunda-feira, dia 29, após c

nd

seg, 29/10/2001 - 14h59 | Do Portal do Governo

Aeronave apresentada pela Embraer

Repórter – O que representa esse novo avião apresentado hoje pela Embraer?

Alckmin – Ele é uma prova de confiança, de determinação da Embraer no momento difícil por que passa a indústria aeronáutica. E que essa é uma crise passageira. Ela é transitória. É inimaginável a gente pensar o mundo moderno sem a aviação. Isso é transitório, é passageiro.
O novo avião é o primeiro de uma família de aviões maiores. É um Embraer 170 para 70 lugares. E o que nós estamos vendo no mundo é que muitas companhias estão substituindo grandes aviões por menores, com a queda do número de passageiros. Isso também abre uma outra oportunidade para a Embraer, que é líder mundial da aviação regional.

Fábrica de Gavião Peixoto

Repórter – Governador, em relação à fábrica em Gavião Peixoto, o senhor já tem informação de quando ela ficará pronta?

Alckmin – A pista já foi inaugurada, já estão operando os aviões em Gavião Peixoto. O Governo do Estado está fazendo a sua parte nessa parceria, que são os investimentos em infra-estrutura e em acesso à nova fábrica. Essa fábrica vai ser de aviação militar e, além de aviação militar, também vários equipamentos para aviação civil aqui para São José dos Campos. E a demonstração mais forte da confiança da Embraer no seu futuro e no desenvolvimento da aviação regional é hoje o lançamento do novo avião.

Repórter – Como o Governo do Estado pode interceder para que a Embraer seja vencedora na licitação da (inaudível)?

Alckmin – Não há como interceder diretamente. Mas acho que a Embraer tem hoje tal know-how, tal conhecimento tecnológico, qualidade dos seus equipamentos, acho que tem boas possibilidades. Não é por acaso que ela é a maior exportadora do País; primeiro item da pauta de exportação; a quarta empresa de aviação comercial do mundo; líder na aviação regional. Em termos de aviação militar, metade dos equipamentos da FAB são de produtos da Embraer. Está presente em mais de vinte países nas suas forças aéreas. Eu acho que tem boas possibilidades.

Viagem para Washington

Repórter – O senhor tinha uma viagem marcada para Washington que foi adiada por conta dos acontecimentos internacionais. Essa viagem já foi agendada? O senhor já está seguindo?

Alckmin – Ela foi reagendada. Nós deveremos estar viajando no dia 12 e vamos ao Banco Mundial, ao Bird. E lá no Banco Mundial, todo o trabalho é pela assinatura do financiamento para a Linha 4 do Metrô. A Linha 4 é chamada de Linha da Integração. É a mais importante. Ela vai ligar a Luz até Vila Sônia e Taboão da Serra.
E vamos também, está agendado o encontro, no Bid – Banco Interamericano de Desenvolvimento. Lá no Bid é também Metrô, o chamado prolongamento da Linha 5; a assinatura de contrato para a recuperação de rodovias e a chamada Fábrica de Cultura, ou seja, a expansão do Projeto Guri.

Repórter – Considerando a viagem, essa tramitação toda, essa Linha 4 começa a ser traçada quando?

Alckmin – Primeiro precisa ter a aprovação do Bird, Banco Mundial. Depois de aprovado, tem de passar pelo Senado, e analisar a capacidade de endividamento do Estado. Depois de passar pelo Senado, aí assina. Aí nós podemos publicar o processo licitatório. Se correr tudo bem, no primeiro semestre do ano que vem.

Repórter – Nesse pacote também não está a recuperação das estradas paulistas?

Alckmin – Esse é do Bid. No Banco Mundial é só Metrô, Linha 4 do Metrô. No Bid nós temos três projetos. Um projeto é a recuperação de rodovias. Aliás, não só recuperação, mas nova adequação. Por exemplo, aqui no Litoral, a SP-55 ligando Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião, até Bertioga, até a Piaçaguera/Guarujá. Ela será totalmente recapeada, terceira faixa, acostamento, obras de segurança, passarelas. É quase que uma nova rodovia. Esse é um programa do Bid. O outro programa é a Fábrica de Cultura, ou seja, a expansão do Projeto Guri. E o outro, a erradicação de cortiço na Capital.

Reunião com o prefeito de São José dos Campos

Repórter – A reunião com o prefeito Emanuel já foi reagendada?

Alckmin – Não. Nós conversamos por telefone na sexta-feira. Eu tive que ir a Santos, no encerramento do seminário sobre a regionalização do Porto de Santos, e acabei chegando muito tarde. Mas nós estamos marcando nos próximos dias um encontro com Emanuel. Mas já conversamos por telefone e eu já conversei hoje cedo com o doutor Francisco Gros, que é o presidente do BNDES. As coisas estão caminhando bem. Não só com o BNDES, mas com o Governo Federal, de maneira geral.