Trechos da coletiva do governador Geraldo Alckmin nesta quarta-feira, dia 27, após entrega de viatur

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qua, 27/02/2002 - 17h25 | Do Portal do Governo

Repórter – As coligações para eleições presidenciais devem prevalecer sobre as estaduais. O senhor concorda com essas medida às vésperas das eleições?

Alckmin – A chamada verticalidade é correta. Uma medida coerente. Eu só acho que em ano eleitoral fazer uma mudança dessa não me parece recomendável. Mas decisão judicial se respeita.

Repórter – Pode trazer prejuízo para as eleições deste ano, governador?

Alckmin – Não é uma regra nova, que muda os aspectos das alianças no País todo. Mas decisão judicial se cumpre.

Repórter – Cabe recurso?

Alckmin – Cabe recurso. Mas não sei se seria julgado antes das eleições. Eu acho que tem uma regra que hoje está prevalecendo.

Repórter – Beneficia o PSDB essa padronização das alianças?

Alckmin – É difícil avaliar o que vai acontecer até junho, até a época das convenções.

Repórter -O senhor estava comemorando aqui os avanços dos trabalhos da Polícia. A conexão entre o ‘Andinho’ e o crime contra o prefeito Toninho do PT existe? É isto mesmo?

Alckmin – Eu acho que a prisão do ‘Andinho’ e da quadrilha dele é importantíssima. Era um dos criminosos mais procurados do País. E a sua prisão vai possibilitar esclarecer uma série de crimes. Mas em relação ao Toninho, prefeito de Campinas, devemos aguardar a conclusão das investigações e dos laudos periciais.

Repórter – Governador, já é possível definir que tanto no caso do prefeito de Campinas quanto no caso do prefeito de Santo André não foram crimes políticos?

Alckmin – Eu acho que as investigações estão indo bem, a Polícia está acertando, já há criminosos presos em ambos os casos que vão levar a provas materiais do crime. Mas acho que não devemos comentar as investigações enquanto elas não estiverem totalmente concluídas.

Repórter – Governador, mais uma vez o que se viu foi o envolvimento de policiais que, inclusive, eram seguranças do ‘Andinho’. Como é que o senhor vê isso e que medidas pretende tomar?

Alckmin – Policial bandido é demitido a bem do serviço público. Nós demitimos no ano passado 493 por justa causa e esse número vai aumentar este ano, porque nós estamos acelerando todos os processos na Corregedoria.

Repórter – Governador, o senhor acha que vão diminuir os índices de criminalidade principalmente, na região de Campinas?

Alckmin – Não tenho dúvidas de que isso vai acontecer. Porque na realidade não é só essa prisão. Nós chegamos a 289 seqüestradores presos e 17 mortos. São 40 quadrilhas desbaratadas do final do ano passado até o dia de hoje.

Repórter – O ‘Andinho’ foi preso, mas a quadrilha dele está desbaratada de fato?

Alckmin – O importante foi prendê-lo. Foram presos ele, um casal e um foi morto. Foram presos quatro. Depois mais três em São Paulo. Com essa prisão, caiu a casa. Vamos pegar todos os outros.

Repórter – Ele só confessou a participação em três seqüestros. O senhor acredita que a população pode ficar tranqüila na região?

Alckmin – Eu acho que o número de crimes que ele praticou é muito mais alto. Na véspera de ser preso, tinha acabado de roubar um Audi.

Repórter – Governador, o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, há alguma novidade que o senhor possa adiantar em primeira mão?

Alckmin – Não. Já existem vários criminosos presos. Mas eu tenho por norma não comentar investigação. Acho que quem pode comentar é a Secretaria da Segurança Pública. Governador não comenta investigação. Só depois de estar concluída.

Repórter – Governador , a segurança pessoal do senhor é composta de quantos policiais militares?

Alckmin – Pessoal? Do tenente Viana, que está aqui atrás.

Repórter – É que ontem estavam comentando que eram 450.

Alckmin – Não. Quando fui vice-governador, quando assumi, havia 39 policiais militares no gabinete do vice-governador. Reduzi de 39 para 8. É claro que, como governador, a estrutura é um pouco maior. O que o Palácio tem é Defesa Civil. Existe toda uma estrutura que não é só segurança pessoal.

Repórter Governador, o senhor entende, como o secretário falou ontem, que a polícia que faz o patrulhamento no Palácio das Indústrias pode ser usada para ajudar no policiamento da SPTrans?

Alckmin– A prefeitura de São Paulo tem 68 policiais militares à disposição do SPTrans e 65 à disposição da prefeitura. Ao todo, são 133 policiais militares. A prefeitura aloca da maneira que achar conveniente. Mas em ações especiais para ajudar inclusive a Guarda Municipal, que tem cinco mil homens, a polícia pode colocar mais gente.

Repórter– Significa dizer então, retirar a guarda da prefeitura que a polícia militar realiza?

Alckmin– Não, ninguém vai retirar os 68 policiais militares. Eles estão à disposição da prefeita, da prefeitura. Ela aloca da maneira que achar mais conveniente.

Repórter– Tem planos de participar no combate à dengue?

Alckmin– Nós estamos trabalhando. Os carros no combate à dengue do Governo do Estado têm participado. Toda a parte técnica do Governo e a Sucen estão empenhadas neste trabalho. Quando uma pessoa é contaminada, deve ser rapidamente isolada, porque, se o mosquito picá-la, o mosquito se contamina e você tem uma proliferação mais rápida da doença. Então, em todos os casos, o Governo do Estado tem atendido na parte hospitalar. A Defesa Civil pode até ajudar, mas ela não tem um contingente, só uma estrutura de apoio.

Repórter – Mas como o senhor classifica a situação da dengue em São Paulo hoje, governador?

Alckmin: Não tem a gravidade que está tendo no Rio de Janeiro. Aliás, a cidade de São Paulo é beneficiada pela altitude, ela está a 700 metros de altitude, diferente da Baixada Santista, onde o calor é maior.

Repórter – O senhor acredita numa epidemia em São Paulo?

Alckmin: Eu acho que tem de haver um esforço grande. Todos devem colaborar e os meios de comunicação têm um papel importante. Não adiante dizer: Eu limpei minha casa e acabou. Não.
Choveu, agora começou tudo de novo. Aliás, o mosquito gosta de água limpa. Então, toda vez que chove e a água fica parada, pode surgir um foco do mosquito.