Trechos da coletiva do governador Geraldo Alckmin, após assinatura para abertura de licitação de ref

Parte final

qui, 02/08/2001 - 16h06 | Do Portal do Governo

Final

Pergunta – Dentre esses benefícios, governador, o senhor já falou à respeito de possíveis contratos com o CDHU, assim como possíveis níveis para exatidão entre os cargos dos oficiais. Além destes dois itens, o que mais o governo pode propor?

Alckmin – Olha, eu acho que nesses benefícios indiretos são importantes. Quem paga aluguel está comprometendo 20%, 25% da sua renda familiar. Então, a casa é um benefício muito importante. Outra despesa importante é a saúde. Na última reunião se falou muito na questão do remédio, na questão da saúde. Nós podemos trabalhar nesta área. Nós temos um Hospital Militar e temos o Hospital do Servidor Público do Estado, não só Polícia, mas todos os servidores. Vamos ouvir. Acho que o importante é ouvir e buscarmos uma forma de caminharmos.

Sobre encontro com o novo ministro de Desenvolvimento

Pergunta – Eu queria saber qual a sua expectativa para a reunião de hoje, para o final da tarde, com o embaixador Sérgio Amaral que está assumindo o Ministério do Desenvolvimento. Foi um cargo que sempre foi de São Paulo. São Paulo reúne a grande quantidade de indústrias, qual a sua expectativa agora com este cargo sendo assumido por uma pessoa que não tem tradição, trânsito na área?

Alckmin – Eu acho que ele, embora não seja do setor produtivo, tem uma enorme experiência na área de comércio exterior. É um diplomata dos mais conceituados. Eu acho que o grande desafio hoje é acelerar exportações. Aliás, elas devem crescer porque, infelizmente, com a questão do câmbio e a desvalorização da nossa moeda, isso ajuda a exportação. Então, outras medidas precisam ser tomadas para crescer mais rapidamente a exportação que gera emprego aqui dentro do Brasil.
Eu acho que o embaixador Sérgio Amaral assume um ministério de grande relevância. O papa dizia, não o papa atual, o João XXIII, que o desenvolvimento é o novo nome da paz. Esse é o desafio. Porque o País se desenvolvendo, você gera emprego, as pessoas passam a ter renda, o governo arrecada mais, presta melhor serviço público, amplia infra-estrutura. Você entra num círculo virtuoso, a retração da atividade econômica é um desastre porque as pessoas têm menos renda, perde emprego, o governo arrecada menos e aí diminuem os serviços públicos. Então, o desenvolvimento é a palavra chave. Mas um desenvolvimento sustentado não-bolha de crescimento econômico.

Pergunta – O que o senhor vai discutir hoje com o ministro, especificamente?

Alckmin – Olha, a pauta é aberta. Desde energia, o que São Paulo está fazendo e ainda vai fazer. Porque você não desenvolve, não cresce a economia sem ter energia. Apoio à pequena empresa. Nós temos uma bela experiência do Banco do Povo. O governo federal tem o BNDES. Como é que você acerta mais? Tendo permanentemente um diálogo com o setor produtivo e com os trabalhadores. Tem que sentar com o setor do agronegócio, que é o negócio do Brasil, o negócio de São Paulo. Tem que sentar com a indústria, com o setor de serviços, turismo, comércio, com o governo e trabalhar junto.

Sobre a saída do secretário dos Transportes Metropolitanos

Pergunta – A saída de um secretário seria sinal de que vêm mudanças por aí no secretariado do governo Alckmin?

Alckmin – Não no seu todo. Mas que acho que pontualmente, havendo necessidade, você vai substituindo. Nós tivemos o Dr. Nelson Proença, na área de Assistência e Desenvolvimento Social, um homem que teve uma vida dedicada à área social, presidente da Associação Médica Brasileira, da AMB, professor da Santa Casa, uma grande experiência na área social. Dr. Ruy Altenfelder, conhece bem política industrial, diretor da Fiesp. Dirigiu o Instituto Simonsen, da Fiesp, de estudos sobre política industrial, ligado também às universidades, a área de pesquisa. Transporte Metropolitano, o Dr. Cláudio de Senna Frederico fez um bom trabalho.
Nós estamos aí a pleno vapor com a Linha 5 do Metrô. Esse esforço de recuperação dos trens em São Paulo, a EMTU. Mas, numa nova fase, o Dr. Jurandir é um especialista, tem curso na França. Se dedicou inteiramente a transportes. Foi secretário dos Transportes, em Campinas, de um grande prefeito, que é José Roberto Magalhães Teixeira, o Grama, que queria até vê-lo prefeito da cidade. Tem experiência na área, é moço, tem entusiasmo, espírito público, pode fazer um grande trabalho.

  • Leia a primeira parte da coletiva