Trechos da coletiva concedida pelo governador Geraldo Alckmin nesta segunda-feira, dia 3, após assin

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seg, 03/09/2001 - 18h24 | Do Portal do Governo

PAR

Alckmin – O PAR estava limitado às 39 cidades da Região Metropolitana de São Paulo e à Baixada Santista e agora é estendido para mais 31 municípios de porte médio do Interior. Acho que vai ser um sucesso, porque nós temos no Interior uma economia que cresce bastante, uma demanda habitacional importante.
São recursos de quase R$ 800 milhões que vão gerar empregos e proporcionar casa própria para quem precisa, transformando em poupança o aluguel, que varia de R$ 135,00 a R$ 170,00 e, ao final do 15º ano, permite a quitação da casa. As casas serão construídas de acordo com a necessidade dos municípios. O PAR complementa o programa da CDHU que atinge famílias de renda menor, a partir de um salário mínimo.

ICMS

Pergunta Já foram fechados os números da arrecadação do ICMS de agosto? Os números estão abaixo de 7%?

Alckmin – Eu acho que um pouco menos. Nós tivemos, comparando com o mês passado, em torno de R$ 80 milhões abaixo, comparativamente a julho. Como a arrecadação do Estado é em torno de R$ 2 bilhões, eu diria que a queda foi menor, em torno de 4%. Hoje é o primeiro dia da arrecadação de setembro, nós vamos torcer para subir um pouco. Historicamente, o segundo semestre é melhor que o primeiro, a economia está mais aquecida, vai chegando perto do final do ano, 13° salário.
Eu acho que o que houve em agosto foi uma soma de fatores que prejudicaram: a crise mundial, recessão no Japão, Europa e EUA. Nos ciclos econômicos mundiais raramente você tem EUA, Europa e Japão simultaneamente com retração da atividade econômica, como está acontecendo. Também temos a crise argentina, a questão do câmbio, a crise energética… mas esperamos que isso seja passageiro.

Pergunta – Houve alguma melhora? Ao que o senhor atribui essa melhora?

Alckmin – Melhorou, nos últimos dez dias recuperou um pouco, comparativamente a julho, a queda foi em torno de 4%. Olha, é difícil você ter uma avaliação por semana, é melhor avaliar o conjunto de mês, que mostra os 4%.

Pergunta – No mês passado o senhor falou que a arrecadação caiu em R$ 47 milhões e agora a queda foi de R$ 80 milhões?

Alckmin – No primeiro semestre a arrecadação foi muito boa, em julho não caiu, mas o ritmo de crescimento esmoreceu. Em agosto, comparativamente a julho, já houve uma queda de R$ 80 milhões aproximadamente.

Segurança

Pergunta – O senhor acredita que o nível de segurança no Estado está caindo?

Alckmin – Não, a segurança está melhorando, tanto é assim que o número de prisões cresceu enormemente. Nós passamos, desde que o governador Mário Covas assumiu, de 55 mil presos para 96.480 mil presos (número da última sexta-feira). A Polícia está trabalhando mais, mais bem equipada e preparada. Está havendo um grande avanço no sistema penitenciário. Em 100 anos foram abertas 18 mil vagas. Nós chegaremos no final do ano que vem a 45 mil novas vagas no sistema penitenciário, o que é um número recorde na história do Brasil e talvez do mundo. Hoje, dos presos condenados, que são 66 mil, 55% já estão trabalhando e 12 mil estão estudando. Com a desativação da Casa de Detenção, as 11 novas penitenciárias terão oficinas e cozinha, os presos vão trabalhar e cozinhar, permitindo uma economia de R$ 8 milhões com a quentinha comprada atualmente.

Pergunta – Essa onda de seqüestros… o Governo está preparado para esse aumento?

Alckmin – Os últimos seqüestros dessa última semana, o Governo descobriu, elucidou os casos, prendeu os seqüestradores, as vítimas foram libertas com preservação da integridade física e da vida. Houve redução no índice de roubo a bancos, reduziu índice de latrocínio, infelizmente aumentou o de seqüestros, e nós vamos trabalhar nessa linha. Isso já vem sendo feito, vai aumentar o efetivo… Até o helicóptero do governador já foi doado, há dois meses, para o Depatri, justamente para a Divisão Anti-seqüestro. Vão ser criadas mais duas delegacias anti-seqüestro na Capital, uma na região de Campinas, uma no Vale do Paraíba, em São José dos Campos e uma em Santos.

Febem

Pergunta – Com relação à Febem, como pode ser resolvido o excesso de crianças?

Alckmin – Esse final de semana foi um fato excepcional. Aquela unidade do Brás se chama UAI – Unidade de Atendimento Inicial. Então, o número de casos que o Judiciário remete para lá é muito grande. Nós fazemos um esforço muito grande para não passar de 3.800 menores em privação de liberdade e temos 4.650 menores. E não é o Estado que decide isso, e a maioria dos casos do Interior estão vindo para cá. Vamos inaugurar depois de amanhã uma unidade em Marília, ainda no começo deste mês, uma unidade em Sorocaba. Depois tem mais 14 unidades que estão em fase de construção. O modelo é não ter grandes unidades e mais. Essas novas unidades do Interior vão evitar que o menor do Interior venha para São Paulo, ele fica na sua região perto da família…

Fernão Dias

Pergunta – Quanto às obras de duplicação da Fernão Dias, estão dentro da previsão?

Alckmin – Estão. A rodovia deve estar totalmente duplicada, de Guarulhos até a divisa com Minas Gerais, até o final do ano. A duplicação do trevo de Mairiporã, trevo de Bragança Paulista, trevo de Terra Preta e as marginais, até o Natal. Fica faltando recapear a pista velha. Isso é uma parceria com o Governo Federal, a hora que chegar a parte do Governo Federal, faz também a pista velha.

Sabesp

Pergunta – Os jornais publicaram esta semana que parte das ações da Sabesp podem ser vendidas. Qual será a atitude do Governo? A Assembléia Legislativa irá apoiar?

Alckmin – O Governo tem de manter até 66% das ações no controle do Estado, 2/3 das ações. Como nós temos hoje 88% das ações, nós podemos vender até 22%. Vamos fazer uma avaliação e verificar direitinho, mas não há nenhuma confirmação.