Trechos da coletiva concedida pelo governador Alckmin nesta terça-feira, dia 4, após liberação de R$

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ter, 04/09/2001 - 16h41 | Do Portal do Governo

Educação / Segurança nas escolas

Alckmin – São R$ 500 milhões que serão adicionados ao orçamento da Secretaria da Educação, que de R$ 6,7 bilhões, passa para R$ 7,2 bilhões. Esses R$ 500 milhões são direcionados para a área de gestão, cursos para diretores, coordenadores pedagógicos e para laboratórios de informática e inclusive com monitores, que serão remunerados para ensinar a moçada a trabalhar com informática. Depois para cobertura de quadras poliesportivas, 500 quadras serão cobertas para estimular a pratica desportiva nas escolas. Aquisição de 700 microônibus e vans para transporte de alunos. Quando o aluno tem o transporte, diminui muito a evasão escolar e a repetência, melhorando o aprendizado. Além disso, R$ 250 milhões serão destinados a construção de novas escolas, somando-se mais de 2.300 salas de aula. Quando você estuda em uma sala nova, a auto-estima melhora, melhora também o aprendizado.
O programa Parceiros do Futuro, que promove aulas de capoeira, dança, pratica esportiva e outras atividades nas escolas, durante os finais de semana, será ampliado. Também serão comprados livros não-didáticos, que será a maior compra da história de livros não-didáticos; são mais de dois milhões de livros e R$ 18 milhões, onde os próprios alunos escolhem os títulos e os autores para as escolas. Só a discussão de quais os livros estimula muito a leitura, o que é muito importante para o aprendizado. Serão R$ 500 milhões aplicados em várias medidas.
São 11 programas muito bem elaborados pela Secretaria de Educação, fora o Programa Profissão, onde o aluno que termina o ensino médio tem a oportunidade de participar do programa de mil horas/aula no setor de serviços, desde informática, design e hotelaria. São mais de 30 opções de cursos, para facilitar a entrada no mercado de trabalho. Nós já fizemos este ano com o Senac e vamos ter mais 40 mil bolsistas.

Pergunta – Recentemente foi falado que o Governo iria aumentar a segurança nas escolas. Ontem tivemos o caso da professora baleada na Região do ABC e dentro desses R$ 500 milhões nada foi falado para a questão da segurança.

Alckmin – Nós estamos anunciando hoje, o que já não estava decidido, o Programa que o Governo oferece para os professores de 1a a 4a séries, são mais de sete mil professores que vão poder fazer o curso de pedagogia e ter o 3º grau por conta do Governo, não foi anunciado hoje e vai ser feito. É um programa inédito, onde São Paulo se antecipa à lei de Diretrizes e Bases oferecendo por conta do Governo o ensino Universitário, isso já estava decidido. A questão da segurança nas escolas já está inclusa, não faz parte dos R$ 500 milhões e está sendo feito em convênio com a Secretaria de Segurança. As escolas que têm maior incidência de atos de vandalismo ou de problemas de segurança, terão alarme, sistema de vídeos… terão todo sistema de segurança maior do que as outras.

Pergunta – Quantas escolas serão atingidas por esse programa?

Alckmin – A secretária Rose pode fornecer os números com mais detalhes, ele se concentra especialmente na Região Metropolitana de São Paulo, mas pode ser estendido ao Interior. Mas só o Programa Parceiros do Futuro estar presente em regiões de maior violência, abrir as escolas nos finais de semana, ter monitores e a participação da comunidade, isso já ajuda muito. As escolas que serão incluídas no Parceiros do Futuro são justamente as que têm um problema de segurança mais grave.

Pergunta – Quando esses investimentos serão sentidos?

Alckmin – Imediatamente, no caso das obras, elas serão licitadas pela FDE, serão feitos convênios com prefeituras municipais ou com as APMs. Os livros e equipamentos já começam a ser adquiridos. É um grande investimento no sentido de melhorar a qualidade da escola pública, além de oferecer mais vagas. Eu vou dar dois dados muito concretos que mostram que nós já estamos recolhendo alguns frutos desse trabalho que o governador Mário Covas começou lá trás, há quase sete anos. Primeiro, o aumento de vagas. No Ensino Médio o Estado tinha 1.200 milhão de alunos, hoje temos dois milhões de alunos no Ensino Médio. A primeira rede do Brasil é a rede de São Paulo de Ensino Médio e a segunda é o que o Governo abriu de vagas novas, os 800 mil alunos a mais que entraram no Ensino Médio. Hoje tem uma matéria nos principais jornais de São Paulo, mostrando que está havendo uma migração dos alunos da rede privada para o ensino público, o que mostra que tivemos um ganho de qualidade.

Pergunta – De onde sairão esses recursos e por que esse anúncio há um ano das eleições?

Alckmin – Primeiro, não há nenhuma relação com a eleição. Nós estamos em ano ímpar, a eleição é em ano par. Esse investimento vai ser feito porque é necessário e porque o Governo conseguiu os recursos necessários para poder viabilizá-lo. No decorrer do ano é feita a execução orçamentária e fomos raspando o fundo do tacho para poder acumular esses R$ 500 milhões. Mas isso está acontecendo desde o começo do ano. Há três meses nós fizemos um grande evento no Palácio para o lançamento do Programa com os Professores, a possibilidade de fazerem, pago pelo Governo, o curso de pedagogia. Alguns meses atrás fizemos um outro grande evento que foi da municipalização, transferindo recursos para os municípios. No primeiro semestre fizemos o Programa Profissão, que começou com 50 mil alunos. Esses trabalhos são permanentes.

Pergunta – Há alguma forma de evitar que uma criança entre armada na sala de aula?

Alckmin – Isso não deveria acontecer, mas revistar aluno por aluno não é uma coisa tão simples. Acho que é preciso atuar nas causas da violência, inserindo a escola na comunidade, abrir a escola nos finais de semana, trabalhar com os jovens, aumentar as atividades esportivas, a musicalidade, dança… depois é a polícia.

Pergunta – O que aconteceu com a professora reforça a necessidade do Governo em reforçar a segurança nas escolas?

Alckmin – Esse esforço na segurança já vem acontecendo, mas é claro que reforça.

Segurança Pública

Pergunta – Hoje foram mostrados números … (inaudível) Os números mostrados pela Secretaria de Segurança com relação a violência são precisos?

Alckmin – Vou até verificar. Eu li essa matéria e estranhei, mas não tive tempo de verificar pois estou desde cedo com compromissos. Mas eu vou checar e acho muito estranho porque uma característica do Estado de São Paulo, que nem sempre ocorre nos demais Estados, é exatamente fornecer todos os números, tanto é que nós temos números bons, caiu roubo e furto de carro, caiu latrocínio, roubo a banco, assalto a caixa eletrônico, uma série de números e também temos números que pioraram, temos um pequeno aumento do homicídio doloso, um aumento enorme na questão de seqüestro, até porque parece que quadrilhas, crime organizado que atuavam em assalto a banco, acabaram migrando para o sequestro. O governo coloca, e tem a obrigação de fazê-lo, todos os números bons que representam diminuição no índice de criminalidade e os números ruins, e colocamos por região, por exemplo, na Capital diminuiu, mas no Interior aumentou…

Pergunta – São Paulo sempre diz que o Rio de Janeiro maquia os números da segurança pública lá e, de repente, isso pode estar acontecendo aqui, pelo menos a matéria insinua isso. O que acontece, São Paulo pode ser comparado ao Rio nesse sentido?

Alckmin – Acho que não e vou verificar. Acho muito esquisita essa matéria, porque o próprio Governo tem colocado os números, dizendo determinados índices aumentaram… Não tem o menor problema, se há um problema tem que ser colocado. Eu vou checar isso pessoalmente.

Pagamento do funcionalismo

Alckmin – Eu queria colocar mais uma coisa porque vai ser anunciado daqui a pouco que é o seguinte: o Governo paga os seus funcionários no quinto dia útil, mas neste mês o quinto dia útil seria dia 10 de setembro, o funcionário só poderia receber no dia 10. Portanto nós adiantamos os salários que serão depositados todos na quinta-feira, dia 6, antes do feriado.