A partir do próximo ano, os 2,5 milhões de usuários que passam diariamente pelo Metrô de São Paulo poderão usar seus telefones celulares.
Até o final de outubro, a Companhia do Metropolitano de São Paulo, vinculada à Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Estado, deve lançar o edital de licitação para a escolha de uma empresa ou consórcio que será responsável pela instalação de infra-estrutura para a telefonia celular.
O Metrô possui 49,2 quilômetros de vias, sendo que a instalação dos equipamentos deve acontecer nos 26 quilômetros de vias subterrâneas, onde não é possível o uso do celular devido à ausência de equipamentos de sinal nessas áreas.
A proposta do Metrô é que a infra-estrutura seja compartilhada por todas as operadoras de telefonia celular, que pagarão uma taxa de utilização.
Os recursos arrecadados com a exploração dos espaços metroviários para utilização de equipamentos de telefonia celular irão compor as receitas não tarifárias – não oriundas da venda de bilhetes – que atualmente representam cerca de 5% da receita total da empresa.
Além disso, os recursos contribuem para o equilíbrio econômico-financeiro da companhia, fazendo com que o Metrô não dependa de subsídios do Governo do Estado para cobrir os custos operacionais e administrativos.