Transportes Metropolitanos: Trens da CPTM são danificados por atos de vandalismo

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qua, 01/08/2001 - 17h56 | Do Portal do Governo

Na manhã desta quarta-feira, dia 1º, uma composição que viajava no sentido Mogi-Brás sofreu avaria mecânica no trecho Artur Alvim/Patriarca. A composição foi rebocada até a estação desativada de Vila Matilde e os passageiros desembarcados na plataforma. Uma outra composição foi enviada, em via contrária, ao local para transformar os usuários ao Brás.

Essa segunda composição, ao chegar à estação da Vila Matilde, às 8 horas da manhã, foi atacada por vândalos que avariaram o sistema de fechamento elétrico das portas, impossibilitando a sua locomoção. Algumas pessoas tentaram também obstruir a via permanente e impedir a circulação das composições.

A Polícia Militar foi acionada para garantir a entrada de uma composição na plataforma e também a ação de equipes de manutenção da CPTM para reparar o trem e garantir o atendimento aos passageiros que ali estavam.

A composição de socorro foi recuperada e os passageiros transportados aos seu destino. Às 9 horas a situação estava regularizada. Os trens que foram alvo de atos de vandalismo estão sendo removidos para o pátio do Brás para perícia e trabalhos de recuperação.

Quanto custa o vandalismo para CPTM e a população de São Paulo

As cifras chegam a R$ 3,5 milhões anuais, valor equivalente a 19.400 salários mínimos, e os danos contra as portas e janelas dos trens aparecem como os principais na lista de ocorrências de vandalismo registradas pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, empresa da Secretaria dos Transportes. São cerca de 700 ocorrências mensais e um gasto médio de R$ 300 mil no mesmo período, para o conserto ou reposição de peças.

As linhas com número recorde de ocorrências são a E – Leste Tronco (Brás-Estudantes) e F – Leste Variante (Brás – Calmon Viana), nas quais as ações dos vândalos são maiores contra os mecanismos de portas, como ocorreu hoje.

Educação é o investimento prioritário da CPTM para coibir essas ações, por intermédios do projeto Usuário do Amanhã, que pretende alertar as crianças para a importância de conservar o trem, patrimônio de toda a população. Só entre o ano passado e o primeiro semestre deste ano, o programa atendeu 28 mil crianças vindas de escolas, orfanatos, grupos organizados por Sociedade Amigos de Bairro e outras entidades.

A CPTM também vem aplicando recursos na segurança interna dos trens e estações, mas não consegue evitar, por exemplo, as depredações externas. Na linhas D – Sudeste (Barra Funda – Rio Grande da Serra) os gastos são maiores por causa do apedrejamento de janelas. A empresa está substituindo as janelas de vidro por policarbonato, material mais resistente que não quebra com o impacto das pedras.

Os campeões da lista de atos de vandalismo variam a cada linha. Na B, que atende a região oeste, entre Júlio Prestes e Itapevi, os maiores índices registrados são de roubo de janelas. A partir de investigações de equipes de segurança da própria CPTM, foi possível chegar a uma quadrilha que vendia as esquadrias de alumínio para um único receptador que fazia parte do esquema.