O Secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, apresentará os planos previstos para as três regiões Metropolitanas (São Paulo, Campinas e Baixada Santista), nesta quarta-feira, dia 27, às 14 horas, na Assembléia Legislativa. O convite foi feito pelo presidente da Comissão de Assuntos Metropolitanos da casa, deputado Edmir Chedid (PFL).
Entre os deputados que fazem parte da comissão estão Ana Martins (PCdoB), Marcelo Candido (PT), Mário Reali (PT), Celino Cardoso (PSDB), Vanderlei Macris (PSDB) e Marcelo Bueno (PTB).
Um dos projetos a ser apresentado é o de expansão do Metrô nos próximos anos, com a construção de mais 29 quilômetros de linhas e 25 novas estações, cujos investimentos somam um total de cerca de US$ 3 bilhões. As novas linhas terão capacidade para atender cerca de 2 milhões de passageiros/dia.
Uma delas, a linha 4 – Amarela, ligando a V. Sônia (zona oeste) à estação da Luz (região Central), tem início de obras previsto para outubro próximo. As outras duas obras previstas são o prolongamento da linha 2 – Verde (a partir da estação Ana Rosa em direção à Vila Prudente) e a extensão da Linha 5 – Lilás (do Largo Treze até a região da Vila Mariana).
Modernização da CPTM
No caso do sistema da CPTM, o Secretário mostrará o programa de modernização das linhas A, B, D, E e F, a exemplo do que foi feito na linha C (Osasco-Jurubatuba) e no Expresso Leste (Brás-Guaianazes). O plano compreende a aquisição e recuperação de trens, reforma e construção de estações, ampliação do sistema de energia, requalificação dos sistemas de telecomunicação e sinalização, intervenções em pátios e oficinas.
As melhorias na CPTM, que exigirão um investimento estimado em US$ 1,26 bilhão, proporcionarão, até 2010, condições de infra-estrutura para a operação de trens com intervalos regulares de até 3 minutos, permitindo um acréscimo na demanda de mais 2 milhão de passageiros/dia, para toda a rede da CPTM.
Sistema metropolitano de ônibus
Também farão parte da exposição do Secretário Jurandir Fernandes os projetos previstos para os sistemas metropolitanos de ônibus das três regiões (São Paulo, Campinas e Baixada Santista), cujo gerenciamento é de responsabilidade da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos – EMTU, vinculada à Secretaria dos Transportes Metropolitanos.
Na Grande São Paulo, está em andamento o projeto de troncalização do Sistema Metropolitano de ônibus, que prevê a transformação dos principais eixos viários de deslocamento da população em corredores de ônibus, priorizando esse modo de transporte com conforto e eficiência. Serão mais de 300 km de tratamento viário e 49 terminais de integração.
Também serão apresentados os projetos de reorganização do sistema regular de transporte metropolitano para as Regiões de Campinas e Baixada Santista. Na primeira região, o trabalho está dividido em duas partes, que incluem mudanças operacionais nas linhas metropolitanas dos quatro municípios e obras de adequações viárias, construção de estações de transferência (baias, abrigos e passarelas) e de terminais.
Faz parte da reorganização da Região de Campinas a implantação do projeto Orca, que tem como objetivo principal regulamentar e disciplinar a atuação do transporte clandestino de passageiros que realiza as ligações metropolitanas, de forma a oferecer um serviço de qualidade aos usuários. Os ORCAs são obrigados a conceder gratuidades previstas em lei, adotar cinto de segurança e oferecer seguro de acidentes pessoais aos passageiros.
Em Campinas, também será destacada a implantação do Corredor Noroeste de Integração, que terá 37 km de extensão, interligando os municípios de Campinas, Hortolândia, Sumaré, Nova Odessa e Americana, beneficiando 1,750 milhão de habitantes. O custo estimado é de R$ 105 milhões, cujos recursos serão provenientes do Governo do Estado, por meio de financiamento do Bird ou do BNDES, e da iniciativa privada.
Para a Baixada Santista, a reorganização do sistema metropolitano inclui o projeto do VLT – Veículo Leve sobre Trilhos, que prevê a implantação de um sistema de transporte de média capacidade, sobre trilhos, aproveitando a malha ferroviária do extinto TIM (Trem Intrametropolitano).
O Plano Plurianual 2004/2007 da STM prevê a implantação de vias permanentes, construção de estações, pátios e oficinas, instalação de sistemas e aquisição de material rodante para o VLT. As análises preliminares indicam que o trecho inicial das obras, com 11,4 Km, deve ser o da ligação Barreiros à Estação Porto.
Da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos
(AM)
