Transportes Metropolitanos: Primeiros trens reformados da CPTM retornam à operação em janeiro

Programa Boa Viagem prevê a modernização de 122 trens

ter, 22/11/2005 - 12h50 | Do Portal do Governo

Em janeiro de 2006, a CPTM (Companhia Paulista de Trens
Metropolitanos) receberá os primeiros trens reformados, ação do
Programa Boa Viagem, que prevê a modernização de 122 trens – um
total de 328 carros que representam cerca de um terço da frota
da empresa. O projeto está orçado em R$ 388 milhões e é
previsto para ser concluído em etapas, até 2009.

No início do próximo ano, estima-se que quatro trens da série
1.400 e quatro da série 5.500 sejam entregues prontos para
circular na Linha F (Brás-Calmon Viana). Essa linha também
receberá, entre fevereiro e abril, mais oito trens renovados,
da série 5.500. O cronograma estabelece a reinserção dos trens
de forma gradativa na grade operacional da empresa. Até o final
de 2006, outras unidades também estarão liberadas.

Esse processo de modernização está em curso há aproximadamente
um ano. Para começar, houve a preparação do escopo do projeto,
seguida de licitação e assinatura dos contratos até chegar à
fase de execução do serviço. Esta, por sua vez, é agora
realizada em lotes, pois envolve um esquema de logística
criterioso justamente para que a ‘ausência’ das composições
integrantes da frota circulante não prejudique a operação, no
período em que a reforma acontece.

Inspeções

As mudanças pelas quais passam os equipamentos são significativas. Assim que chegam às oficinas, os trens são praticamente todos desmontados – somente a caixaria fica preservada. As demais peças contidas em seus salões e até nas cabines de controle saem de cena para dar lugar a novos itens, como: freios eletrônicos, estribos para diminuir o vão entre plataformas e trens, renovação do sistema mecânico e da ‘lataria’, instalação de itens para acessibilidade, troca de bancos, luminárias, faróis, pára-brisas, limpadores e demais componentes. Portas e revestimento do piso também serão
substituídos, para que voltem em condições de oferecer o máximo
de conforto e segurança aos usuários.

Tudo isso é acompanhado de perto pessoal da companhia. Recentemente, o presidente da CPTM, Mário Bandeira, e seu diretor de Operação, José Luiz Lavorente, estiveram na Alstom inspecionando a execução dos trabalhos. A empresa venceu concorrência pública para realizar os serviços de recuperação de quatro lotes, incluindo 28 trens, da série 5.500, com 56 carros, dos quais 16 já se encontram em suas oficinas, no bairro da Lapa, capital.

Esta semana, executivos da companhia irão a Araraquara, no interior paulista, para conferir como estão as unidades que começaram a ser reformados pela IESA. A empresa foi habilitada em outra licitação do Programa Boa Viagem, respondendo pela renovação de 42 carros (série 1.400) – da Linha F – e cinco trens (séries 1.400 e 1.600) para utilização na Linha E.

As empresas Bombardier e BT Brasil, além dos consórcios NovoTrem e MPE-TTranz, também venceram processos licitatórios para execução dos trabalhos de recuperação da frota CPTM.

Frota reforçada

O chamado Programa Boa Viagem prevê a recuperação de 49 trens das séries 1.400, 1.600 e 5.500, para a Linha F, remobilização / modernização de 51 trens para as linhas A (Luz-Francisco Morato), B (Júlio Prestes-Itapevi), C (Osasco-Jurubatuba), E (Luz-Estudantes) e F; e revisão geral de outros 22 para o trecho Guaianazes-Estudantes, na Linha E.

Apenas para a Linha F, que é alvo de um amplo projeto de recapacitação com vistas ao aumento da oferta de lugares para a população da zona leste, o Boa Viagem estabelece a reincorporação de 10 trens da série 4.400, que hoje estão parcialmente imobilizados e serão totalmente recuperados.

Atualmente, a CPTM conta com 36 trens operacionais para esta linha. Outros 49, em circulação, passarão por trabalhos de revitalização gradativos, com a troca de piso, bancos, portas, pintura e outros serviços (28 da série 5.500; 14 da 1.400 e 7 da 1.600).

A extensão operacional de 8,5 Km na Linha C, entre Jurubatuba e Grajaú, na zona sul, exigirá a remobilização de 12 trens, da série 5.500, que estavam fora de operação. Hoje, encontram-se disponíveis 9 trens da série 3.000 e cinco da série 2.100. Com o término dos serviços, a frota desta linha passará de 14 para 26 unidades.

Para reduzir os intervalos em todo o sistema, as outras linhas também serão beneficiadas pelo programa. Com a maior demanda – cerca de 318 mil usuários por dia – a Linha E ganhará o reforço de 15 trens que estão fora de operação (10 da série 4.400, 3 da 1.400 e 2 da 1.600) e passarão por modernização. Nessa mesma linha (E), haverá, ainda, revisão geral de outras 22 unidades (série 4.400). A Linha B, por sua vez, terá a reincorporação e modernização de 10 unidades, da série 5.000, que se encontram imobilizadas.

Completando a lista, mais quatro trens, dois da série 1.100 e dois da série 1.700, voltarão a operar na Linha A depois de passar por intervenções.

Assessoria de imprensa da CPTM

J.C.