Transportes Metropolitanos: Metrô testa bomba de tinta contra assaltantes de bilheterias

Dispositivo de fabricação norte-americana mancha de vermelho assaltante e inutiliza dinheiro e bilhetes

qua, 26/11/2003 - 13h16 | Do Portal do Governo

Com o objetivo de inibir assaltos às suas bilheterias, a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), empresa do Governo do Estado, está testando, há cerca de um mês, uma nova arma: bombas de tinta colorida.

O dispositivo de fabricação norte-americana, ao ser acionado, mancha de vermelho o assaltante e inutiliza o dinheiro e bilhetes roubados.

‘Os primeiros cinco dispositivos estão sendo instalados em caráter experimental e em sistema de rodízio nas estações do Metropolitano’, explica Luiz Carlos David, presidente do Metrô.

Na semana passada (dia 20), o novo sistema fez a sua primeira vítima. Às 21h30, uma dupla assaltou a bilheteria da estação Patriarca, na zona Leste. Junto com o dinheiro e bilhetes, a dupla levou o dispositivo, que por questões de segurança não pode ser revelado.

Nas imagens gravadas pelo circuito interno do Metrô, o dispositivo é acionado segundos após a dupla deixar o guichê. Primeiro ouve-se um estouro, e uma fumaça colorida começa a sair do material roubado. Os assaltantes se assustam, apavorados não entendem o que está acontecendo. Na corrida até o carro, que os esperavam nas imediações da estação, deixam para trás um rastro de tinta vermelha.

‘O equipamento é automático e não pode ser controlado pelos funcionários da bilheteria’, alerta Luiz Carlos David. Ele é ativado por um sistema de ondas instalado nas estações, semelhante aos equipamentos existentes nas lojas de departamentos.

A população pode ajudar a identificar os criminosos já que a tinta do dispositivo fica impregnada no corpo por três dias. O telefone do Disque-Denúncia é 0800-156315. A pessoa que fizer a denúncia terá a sua identidade preservada.

Blindagem de Bilheterias

A estratégia de diminuir o número de assaltos às bilheterias do Metrô prevê ainda outras ações, como a blindagem de bilheterias e a implantação de uma Central de Controle e Monitoramento. A verba para a execução dessas obras faz parte do contrato de R$ 154 milhões que o Governo do Estado acaba de viabilizar junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Neste ano, o Metrô registrou, até outubro, em média cerca de 26 assaltos às bilheterias/mês. Essa média é inferior a 2001, quando a média era de 30 casos/mês; e maior que em 2002, que teve 16 ocorrências/mês.

No ano passado foram detidos 36 ladrões de bilheterias. Este ano, até agora, foram 62.

Do Departamento de Imprensa da Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô

(AM)