O Metrô realizou na manhã desta terça-feira, dia 11, a primeira de uma série de detonações controladas, que permitirão a continuidade das escavações nas obras da linha 4 -Amarela, que está sendo implantada entre Vila Sônia e a estação Luz. As detonações foram necessárias para a remoção de rocha encontrada no poço de ventilação Valdemar Ferreira, nas proximidades da Cidade Universitária da USP.
‘ O que foi previamente planejado pela empresa ocorreu dentro do esperado. Essa detonação foi um sucesso’, afirmou o diretor de Engenharia do Metrô, Sérgio Salvadori.
Localizado no canteiro central da avenida Valdemar Ferreira, entre as futuras estações Butantã e Pinheiros da Linha 4, o poço de ventilação Valdemar Ferreira, conforme estudos feitos por técnicos do Metrô, continuará sendo local de outras detonações até que se conclua totalmente a remoção desta rocha, localizada há 15 metros de profundidade. Com a detonação realizada hoje, deverão ser retiradas 117 toneladas de fragmentos de rocha.
Depois de concluído, o poço de ventilação Valdemar Ferreira terá sua base situada a 33 metros da superfície. As principais finalidades deste poço de ventilação será renovar o ar que circulará dentro do túnel por onde passarão os trens do Metrô e servir como saída de passageiros, em situações de emergência.
Esquema montado funcionou
A detonação realizada hoje utilizou 25 quilos de explosivos. Para garantir a segurança da população, o Metrô, em conjunto com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) montaram um esquema especial na região. O Metrô, por meio de panfletos e de seu posto de atendimento instalado no local orientou antecipadamente a população. A CET interrompeu o trânsito e a circulação de pedestres, num raio de até 100 metros, no momento da detonação.
Segundo o engenheiro da CET, Paulo Lagoa, um dos responsáveis pelo esquema de trânsito no local, a estratégia implantada hoje funcionou plenamente. ‘ Bloqueamos o trânsito das 9h10 às 9h16. Às 9h18, já estava tudo totalmente liberado’, explicou ele.
Linha 4, a linha da integração
No momento, as obras da Linha 4 do Metrô estão sendo desenvolvidas em mais quatro frentes de trabalho: poço de serviço Higienópolis e poço de serviço Cel. José Eusébio, no bairro da Consolação; estação Butantã, próximo à Cidade Universitária; e o pátio Vila Sônia, entre as avenida Francisco Morato e Eliseu de Almeida .
Com 12,8 quilômetros de vias e 11 estações (Morumbi, Três Poderes, Butantã, Pinheiros, Faria Lima, Fradique Coutinho, Oscar Freire, Paulista, Higienópolis, República e Luz), a linha 4 do Metrô integrará fisicamente todas as outras linhas em operação.
Na estação Paulista/Consolação, os usuários poderão transferir-se para a Linha 2; na estação República, para a Linha 3; e na estação Luz, para a Linha 1. A partir da futura estação Pinheiros da Linha 4, interligada à linha ‘C’ da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), as pessoas poderão chegar, na estação Santo Amaro, à Linha 5 do Metrô, que opera entre o bairro de Capão Redondo e o Largo Treze, no centro de Santo Amaro.
Além da integração dos sistemas de alta capacidade (Metrô e trem), a nova linha metroviária atenderá usuários e moradores de corredores viários e áreas densamente ocupadas, como as avenidas Francisco Morato, Rebouças, Faria Lima, Pinheiros, rua da Consolação, praça da República e Luz.
A previsão é que a primeira etapa da Linha 4, entre Butantã e Luz, inicie a operação comercial em 2007, com as cinco estações prioritárias (Butantã, Pinheiros, Paulista, República e Luz). Nesta etapa estão previstas também a execução das obras civis e a implantação de sistemas básicos das estações Faria Lima, Fradique Coutinho, Oscar Freire e Higienópolis.
Departamento de Imprensa da Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô
C.A.