Quem não se recorda das atividades com tinta, massa de modelar e papel maché que eram produzidas nas aulas de Educação Artística? Se você quer relembrar aqueles bons tempos de escola, confira a mostra “Leitura de Mundo”, que o programa Ação Cultural do Metrô promove na estação Ana Rosa, até 29 de maio.
A exposição, composta por trabalhos de arte realizados por alunos de 1ª a 8ª séries, da Escola Caminho Aberto, revela as mais variadas técnicas artísticas, desde o Cubismo, Optical Art, Modernismo até a nova forma de modelar com o Biscuit. A criação é inspirada em consagrados nomes da arte, como Pablo Picasso, Tarsila do Amaral e Lasar Segall, entre outros.
Além disso, os estudantes demonstram uma visão crítica e particular da realidade vivida no mundo, retratando que, não importa a época, a arte é uma das formas mais expressivas e atuais de manifestação.
Dentre as peças expostas destaca-se a composição de uma orquestra em biscuit e madeira. A obra foi realizada após visita à Sala São Paulo, inspirando os alunos a construírem, de forma minuciosa, a formação dos músicos em uma orquestra.
Pablo Picasso é fonte de inspiração para os alunos da 3ª e 7ª séries. Os estudantes da 3ª série criaram auto-retratos cubistas a partir de suas próprias fotos. Já a aluna Fernanda Pignelli, da 7ª série, pintou uma tela que faz um paralelo com a obra Guernica. A aluna misturou o cubismo com técnicas de metamorfose.
Nem os pequenos alunos da 1ª série ficaram de fora. Eles também confeccionaram um painel de patchwork com retalhos e alinhavo, retratando personagens de contos de fadas.
Inspirado no Teatro de Praga, somada à técnica do Bunraku (teatro de bonecos japonês), os alunos criaram os personagens da “Terra do Nunca”. Peterpan e Capitão Gancho são representados em pano e com riqueza de detalhes.
Quem passou pela exposição aprovou a iniciativa da escola Caminho Aberto e da professora de Educação Artística Wanet Luna, responsável pelo projeto. “Achei demais, já visitei outras exposições no Metrô, mas achei legal dar essa oportunidade para as crianças. E as pessoas que estão de passagem aproveitam, porque podem parar um pouco e apreciar a arte”, declara o estudante Pedro Bruschi.
“Eu me surpreendi. Sou professora de Educação Artística e achei nessa exposição técnicas que na minha opinião não se usava mais, por como a Op Art. Acho importante o Metrô abrir esse espaço, os alunos gostam de ver os seus trabalhos expostos, isso ajuda a não ter timidez e mostra que a oportunidade de expor seu trabalho não é só para artistas consagrados”, ressalta a professora de Artes Cristina Mogrovejo.
Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô
Departamento de Imprensa
