Ao completar 10 anos de existência, nesta terça-feira, dia 28, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) confirma um crescimento médio de 2% ao mês, no número de passageiros transportados. Já são 102 milhões registrados nos primeiros quatro meses de 2002, contra 99 milhões no mesmo período do ano passado.
Os investimentos de 1 bilhão e 300 milhões de dólares na empresa, nos últimos sete anos, marcam o diferencial qualitativo dos serviços, que ainda deverão melhorar, mas que explicam, em parte, uma maior demanda de usuários.
Em 1992, quando foi fundada, a CPTM herdou linhas de mais de um século e meio de vida e 270 quilômetros de extensão de ferrovia. Aos poucos, a companhia vem dando forma a um modelo de transporte que deseja prestigiar os usuários. Hoje, possui 362 unidades, que compõem trens de 6 a 8 carros, e transporta 1 milhão de passageiros, um total de 311 milhões aproximados no ano de 2001, contra 273 milhões em 1995, quando Mario Covas assumiu o
Governo do Estado de São Paulo.
Um dos mais importantes em execução, o Projeto Integração Centro ligará as linhas da CPTM e do Metrô, no centro da cidade, por meio de um imensosaguão subterrâneo já em construção sob a Estação da Luz, facilitando a transferência de passageiros que se utilizam de ambos os serviços.
A implantação do Expresso Leste, na Linha E, marca importante evolução dos transportes sobre trilhos na zona leste. Diariamente são realizadas 213 viagens num trecho de 21,8 km, sendo que todos os dias os trens do Expresso Leste percorrem 4,6 milhões de Km, com intervalos de 7 minutos no horário de pico, e 15 minutos nos demais horários.
O serviço é considerado de ótima qualidade para o usuário, pois tem apenas seis paradas, e reduziu o tempo de viagem entre Brás e Guaianazes para 29 minutos, contra 39 minutos anteriores. O trecho entre as estações Itaquera e Brás, é percorrido oito minutos mais rápido do que o mesmo trajeto feito de metrô, já que não existe parada entre essas estações.
A opção de dinamizar a Linha C deu início a uma importante estratégia de oferecer transporte sobre trilhos de qualidade para a região mais populosa e mais carente da cidade em relação à locomoção, a zona sul. Inaugurada por volta de 1957, a Linha C contava com operação bastante precária.
Hoje, essa linha é modelo para todo o Brasil. Recebeu sete novas estações e as oito antigas passaram por reforma. A via permanente, os sistemas de telecomunicações e sinalização, assim como o Centro de Controle Operacional – CCO -, passam também por processo de modernização. A linha recebeu ainda, em março último, 10 novos trens, os mais modernos da empresa, os chamados trens alemães com ar condicionado e música ambiente. A Linha C registrou aumento de 44% no volume de passageiros transportados de 2000 para 2001, e de 61% de 1999 para 2001.
Construída pela CPTM, a Linha 5 ligando Capão Redondo ao Largo 13 e que será operada pelo Metrô, faz parte da estratégia de alimentar a zona sul com transporte de qualidade. Quando estiver operando, em setembro deste ano, a demanda aumentará consequentemente ainda mais na Linha C, já que a população da zona sul poderá fazer baldeação entre linhas, na Estação Santo Amaro (ponto de interligação com a Linha 5).
A remodelação da via permanente e dos sistemas de telecomunicação e sinalização, propiciaram o aumento da velocidade na Linha F da média de 20 quilômetros, para 60 quilômetros horários. O resultado tem sido uma demanda maior de usuários. Apenas no período 2000-2001, na Linha F, que faz o trecho Brás-Calmon Viana, foi registrado 29% de crescimento no volume de passageiros.
