Transportes Metropolitanos: Diminuem ocorrências de furto de cabos nas linhas da CPTM

Em relação ao ano passado, houve redução de 36,85% na quantidade de cabos furtados

seg, 26/07/2004 - 14h46 | Do Portal do Governo

As ações do Departamento de Segurança da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e o trabalho conjunto com a Delegacia Especial de Furto de Fios, do DEIC, vem provocando a queda nos índices de furto e vandalismo de cabos. No primeiro caso, a empresa tem reforçado as rondas a pé nos trechos mais críticos entre as estações e, no segundo, a parceria com a polícia possibilita o ‘ataque direto’ aos receptadores, principalmente ferros-velhos.

Uma outra iniciativa da CPTM que vem contribuindo para a diminuição dos roubos e cabos é o lacre das caixas de passagem. Também no caso de alguns equipamentos de vias, os cabos de cobre estão sendo substituídos pelo Departamento de Manutenção de Sistemas Elétricos e Eletrônicos (DOFE), por
outros materiais.

O resultado é que, de janeiro a junho deste ano, a CPTM registrou em todo o sistema o furto de 7.819 metros de cabos de sinalização, telecomunicações e energia – uma redução de 36,85% em relação ao ano passado. Os prejuízos são de R$ 273.665,00, custo estimado para a reposição. No mesmo período de 2003 a empresa registrou prejuízos de R$ 433.370,00, com o furto de 12.382 metros.

As linhas que mais sofrem com a ação de marginais são as que atendem à zona leste: E (Luz-Estudantes) e F (Brás-Calmon Viana), que perderam um total de 3.664 metros, com prejuízos de R$ 128.240,00 neste ano e 8.488 metros com gastos de R$ 297.080,00, em 2003.

Nas Linhas A (Luz-Francisco Morato) e D (Luz-Rio Grande da Serra), os prejuízos chegaram a R$ 98.665,00, com vandalismo e furto de 2.819 metros de cabos. No mesmo período de 2003 foram 2.208 metros de cabos, com o registro de R$ 77.280,00.

Já as Linhas B (Julio Prestes-Itapevi) e C (Osasco-Jurubatuba) registraram o menor número de ocorrências nos dois períodos: 1.336 metros este ano e prejuízos de R$ 46.760,00. No ano passado, os custos para a reposição de 1.686 metros chegaram a R$ 59.010,00.

Histórico

Durante todo o ano de 2003, esse tipo de ocorrência gerou para a CPTM um custo de R$ 902.405,00, para a reposição de 25.783 metros de cabos vandalizados. Desse total, as linhas E e F registraram o furto de 13.625 metros e um custo de R$ 476.875,00. As Linhas A e D somaram furtos de 9.944 metros de cabos, com prejuízos de R$ 348.040,00. Nas Linhas B e C, os gastos com o furto de 2.214 metros de cabos foram de R$ 77.490,00.

Em 2002, os prejuízos foram de R$ 746.025,00, com o furto e vandalismo de 21.315 metros de cabos. Durante o ano de 2001, a reposição custou R$ 1.153.040,00, prejuízo referente a furto e vandalismo de 32.944 metros de cabos.

Além do prejuízo financeiro, uma análise mais ampla das conseqüências desse delito aponta para outros problemas: com os furtos, o sistema de sinalização fica bloqueado no Centro de Controle Operacional (CCO) da CPTM, como se houvesse um trem naquele trecho.

Por causa dessa ‘falsa ocupação’, os controladores de tráfego têm de checar, via rádio, todas as composições em circulação para se certificar da localização exata de cada uma. Enquanto o serviço é realizado, os trens são obrigados a circular em velocidade reduzida, provocando atraso nas viagens e prejudicando milhares de usuários.

Da Assessoria de Imprensa da CPTM