Classificados como do tipo UIC, sigla que representa o órgão normalizador das ferrovias européias, estes Aparelhos de Mudança de Via (AMV’s) garantem a passagem dos trens, de uma via para outra, mesmo com a composição em alta velocidade, sem problemas para o conforto ou a segurança dos passageiros.
Adicionalmente, os AMV’s utilizados nas vias principais têm jacaré móvel. Esta inovação permite que a passagem do trem da via direta para o desvio aconteça sem descontinuidade no apoio da roda, evitando um choque característico entre as superfícies da roda e do trilho.
Com esta solução evita-se o esmagamento que vai se desenvolvendo nesta região do AMV, aumentando consideravelmente a vida útil deste componente, além de evitar ruído e vibração decorrente dos impactos entre rodas e trilhos da via direta e da variante.
Outro ganho incorporado nestes equipamentos é a utilização de placas de deslizamento com lubrificação permanente, reduzindo a necessidade de intervenções de manutenção.
Ao longo de toda a linha, a via permanente é fixada diretamente na laje de fundo sem utilização de lastro. Nos AMV’s esta solução foi mantida, garantindo a continuidade de elasticidade da via permanente, de forma a amortecer ruídos e vibrações.
Para isso foram utilizadas placas elásticas especiais, com dimensões e densidades variáveis e adequadas a cada ponto do AMV. As placas são presas à laje de concreto por parafusos chumbados à estrutura, sobrepondo-se a elas os trilhos e os AMV’s.
Para garantir a segurança neste sistema de fixação sobre placas elásticas, outro dispositivo foi incorporado: as agulhas dos AMV’s são apoiadas sobre as placas de deslizamentos.
Como na aproximação do trem, o trilho sofre alguma movimentação lateral e vertical, essa placas garantem que a agulha absorva essa movimentação, aumentando a eficiência do equipamento e a segurança do tráfego.
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