Transportes: Dersa realiza audiências públicas para discutir trecho sul do Rodoanel Mário Covas

Reuniões acontecem nos dias 6 e 10 de outubro

seg, 03/10/2005 - 10h12 | Do Portal do Governo

A Dersa Desenvolvimento Rodoviário S/A realiza em outubro as duas últimas Audiências Públicas sobre o Estudo de Impacto Ambiental (EIA-Rima) referente à construção do Trecho Sul do Rodoanel Mario Covas.

As reuniões acontecem no dia 6, às 17 horas, no Teatro Lauro Gomes (rua Helena Jacquey nº 171, em São Bernardo do Campo) e no dia 10, também às 17 horas, no Esporte Clube Banespa (avenida Santo Amaro nº 5.355, em São Paulo).

O Trecho Sul do Rodoanel terá 57 quilômetros de extensão, atravessando os municípios de Embu, Itapecirica da Serra, São Paulo, São Bernardo do Campo, Santo André, Ribeirão Pires e Mauá. O traçado foi escolhido buscando minimizar os possíveis impactos e contribuir para a recuperação das áreas de mananciais. O projeto foi desenvolvido utilizando técnicas avançadas de engenharia que garantem a segurança dos usuários, a redução de acidentes e um balanço ambiental positivo. A implantação do empreendimento está orçada em R$ 2,5 bilhões.

O Trecho Sul tem início no trevo da rodovia Régis Bittencourt – no entroncamento com o Trecho Oeste. O traçado acompanha as várzeas do rio Embu-Mirim. Para assegurar a preservação dessas áreas, as pistas foram separadas para permitir a criação de dois parques. Cruza a represa de Guarapiranga no seu ponto mais estreito, com uma travessia de apenas 90 metros, sem aproximar-se do Parque do Embu-Guaçu, localizado mais ao sul e a 12 quilômetros da captação de água da SABESP. Passa pelo reservatório da Billings, através de duas pontes: uma no braço do Bororé e outra no corpo principal.

Para não induzir a ocupação nas zonas de mananciais, o Trecho Sul estende-se por 38 quilômetros sem nenhum acesso às avenidas da região, passando por Itapecirica e Parelheiros, até chegar à rodovia dos Imigrantes. Após o cruzamento com a Via Anchieta, prossegue em direção a Mauá, margeando o braço do Rio Grande, funcionando como uma barreira à ocupação desordenada e previne a degradação do manancial que abastece a região do ABCD.

Ao projeto foi adicionada uma ligação de padrão rodoviário com 4,4 quilômetros de extensão até a avenida Papa João XXIII, em Mauá, que será duplicada para receber o novo tráfego proveniente do Rodoanel. Com a futura extensão da avenida Jacu-Pêssego, essa ligação vai facilitar a chegada à Zona leste de São Paulo e contribuir para a geração de empregos na região.

No trevo da Imigrantes, alças direcionais de grande capacidade permitirão manter a fluidez do tráfego das rodovias interligadas. Este ponto, que atualmente absorve um pesado tráfego local, terá seu sistema viário remanejado.

A Via Anchieta é a principal responsável pela movimentação de cargas do Porto de Santos. A existência de adutoras, gasodutos e polidutos exigiu projeto adequado do trevo para respeitar esses dispositivos e também isolar a estação de captação de água da SABESP. Para proteger essa estação serão desenvolvidos sistemas de drenagem de forma a orientar as águas provenientes do Rodoanel. Barreiras de contenção serão implantadas para evitar o assoreamento das represas.

As estradas de Itapecirica, M’Boi Mirim e Parelheiros ganharão pontes e viadutos, permitindo o tráfego local e garantindo a movimentação e a integração social das comunidades sem, contudo, dar acesso ao Rodoanel.

Ao longo do seu traçado, o Rodoanel vai recuperar áreas degradadas, como portos irregulares de areia onde a extração predatória provocou erosão. Após a recuperação, essas áreas receberão paisagismo e reurbanização. Foram projetadas travessias em locais adequados que possibilitarão a circulação de animais, minimizando a interferência com a fauna em seu habitat natural.

O Rodoanel reduzirá drasticamente o risco de acidentes com cargas perigosas, garantindo índices menores do que os registrados atualmente nas áreas urbanas. Esse fenômeno já acontece no Trecho Oeste.

As ações ambientais já programadas possibilitarão a completa revitalização do Parque do Pedroso, em Santo André. Serão acrescidos mil hectares com o replantio compensatório, religando formações florestais isoladas. A preservação da margem do reservatório do Rio Grande, a criação dos novos parques do Embu, de Itapecirica, do Jaceguava e do Bororé garantirão outros mil hectares de área verde à região.

Assessoria de Imprensa da Secretaria dos Transportes

M.J.