O Departamento de Estradas de Rodagem – DER implantou 25 metros de barreira de concreto no km 27 da Rodovia Raposo Tavares (SP-270), em Cotia. A diferença é que na composição da barreira ao invés de brita foram utilizados pneus velhos (inservíveis). A borracha é triturada e adicionada à massa de concreto, tornado-o mais maleável. Essa nova matéria-prima foi batizada de DI (Deformável e Isolante).
Por enquanto, o material está sendo utilizado apenas em caráter experimental e a iniciativa foi implantada por meio de uma parceria entre o DER e o Instituto Via Viva – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.
Com alta capacidade de absorção de impacto, o novo material pode reduzir significativamente as perdas materiais e humanas em casos de acidentes. “Com a adição da borracha em sua estrutura, a barreira de segurança deixa de ser um bloco rígido de concreto para ser uma estrutura semideformável. Assim, em caso de colisão, o veículo volta para a pista com a velocidade reduzida”, explica o superintendente do DER Mário Rodrigues Júnior.
A preservação ambiental também é outro aspecto importante a ser levado em conta. Para cada metro linear de barreira construída são utilizados dez pneus inservíveis – que costumam ser descartados irregularmente em lixões ou até jogados nos rios. Como cada pneu demora 400 anos para se decompor na natureza, o resultado do processo acaba provocando impactos ambientais positivos.
Além disso, o custo da barreira feita com o concreto alternativo pode ser de 3% a 5% menor em relação a uma barreira convencional. “Estamos experimentando o produto e aguardamos uma avaliação dos resultados e das propriedades técnicas do dispositivo de segurança para, no futuro, aceitar a oferta em nossas licitações”, informa Rodrigues.
Da Secretaria dos Transportes
