Com a implantação desses planos, o sistema metro-ferroviário da metrópole paulista terá, em 2010, mais de 400 km e transportará mais de 7,6 milhões de usuários/dia.
Os projetos de expansão do Metrô de São Paulo e de modernização da rede da Cia. Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), até 2010, serão apresentados, nesta quarta-feira, dia 3, às 10 horas, pelo Secretário dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Jurandir Fernandes, no Seminário ‘Mobilidade Urbana em Regiões Metropolitanas’. Promovido pelo Ministério das Cidades, em parceria com o BNDES, o evento está sendo realizado, desde ontem, dia 1º, no Rio de Janeiro (Av. República do Chile, 100, auditório do BNDES).
O seminário tem como objetivo elaborar um diagnóstico dos sistemas de transporte coletivo, principalmente com relação aos planos previstos, arranjos institucionais e fontes de financiamento para implantação dos projetos, de modo a orientar a ação do Ministério das Cidades na Política de Mobilidade Urbana Sustentável.
Os projetos de expansão para o Metrô, até 2010, prevêem a construção de mais de 30 quilômetros de extensão e 25 novas estações, cujos investimentos somam um total de mais de US$ 3 bilhões. As novas linhas (Linha 4 – Amarela, prolongamento da Linha 2 – Verde, a partir da estação Ana Rosa até o Sacomã, e a extensão da Linha 5 – Lilás, do Largo Treze até a região da Vila Mariana) terão capacidade para atender cerca de 2 milhões de passageiros/dia, que se somarão aos 2,6 milhões usuários/dia transportados atualmente.
No caso da CPTM, o Governo do Estado tem como objetivo promover a modernização de toda a malha ferroviária, a exemplo do que foi feito na Linha C (Osasco – Jurubatuba) e em um trecho da Linha E, entre Luz e Guaianazes, onde circulam modernos trens europeus, dotados de ar condicionado e música ambiente.
A modernização da CPTM, cujo custo está estimado em US$ 1,3 bilhão, compreende a aquisição e recuperação de trens, reforma e construção de estações, ampliação do sistema de energia, requalificação dos sistemas de telecomunicação e sinalização, intervenções em pátios e oficinas nos trechos principais. A meta do Governo é implantar essas melhorias até 2010, proporcionando condições de infra-estrutura para a operação de trens com intervalos regulares de até 3 minutos e permitindo um acréscimo na demanda de mais 2 milhões de passageiros por dia para toda a rede. Hoje, o sistema ferroviário atende cerca de 1,2 milhão de usuários por dia.
Os planos para a CPTM incluem também a implantação do Expresso Aeroporto, resultado de uma parceria entre o Governo do Estado e a Infraero. A construção e operação da linha serão de responsabilidade da iniciativa privada por contrato de concessão. O trajeto terá 31 quilômetros de extensão, em uma nova via exclusiva, ligando ponto a ponto a Barra Funda ao Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. Na mesma via, será implantado o Expresso de Guarulhos. A implantação dos dois serviços (Expresso Aeroporto e Expresso Guarulhos) exigirá recursos da ordem de US$ 572 milhões.
‘Com a implantação desses projetos, o sistema metro-ferroviário da Região Metropolitana de São Paulo terá, em 2010, uma rede com mais de 400 km, transportando cerca de 7,6 milhões por dia. Com isto, a participação do transporte sobre trilhos subirá dos atuais 25% para 46% das viagens em transporte coletivo realizadas na região’, informa o Secretário Jurandir Fernandes.
Também farão parte da exposição os projetos Metropass (um novo modelo de cartão inteligente que será usado no pagamento de viagens no Metrô, na CPTM e nos ônibus metropolitanos da EMTU), Corredor Noroeste da Região Metropolitana de Campinas e Veículo Leve sobre Trilhos – VLT na Região Metropolitana da Baixada Santista.
