Proporcionar aprendizado profissional e reabilitar presidiários para o mercado de trabalho é o objetivo do contrato firmado entre a Companhia do Metrô e a Fundação Professor Dr. Manuel Pedro Pimentel – Funap, entidade de amparo ao preso vinculada à Secretaria de Estado da Administração Penitenciária. A parceria estabelece a utilização de mão-de-obra de detentos na montagem de móveis que serão utilizados por metroviários.
Durante a vigência do contrato, de 12 meses, um grupo formado por 10 presos, que cumprem pena em regime semi-aberto, no Centro de Detenção Provisória da Capital – Chácara Belém 1 e 2, será responsável pela montagem de 4526 peças, entre cadeiras, armários, escrivaninhas, gaveteiros, mesas e estantes, no Canteiro Carrão do Metrô.
Neste período, os detentos serão acompanhados, orientados e avaliados por agentes técnicos da Funap. Eles são liberados para o trabalho durante todo o dia e à noite retornam para o CDP do Belém. Realizando este trabalho, os presos têm redução da pena, além de receberem o equivalente a três quartos de um salário mínimo. A cada 3 dias de trabalho, um dia da pena é descontado.
A reintegração à sociedade pelo trabalho é o mais importante benefício que os presos conquistam. Casado e pai de 4 filhos, Silvio Teixeira de Oliveira, 35 anos, condenado a 6 anos por assalto a mão armada, é um dos 10 presos beneficiados por este programa. ‘Estou feliz com esta oportunidade que o Metrô está me proporcionando. Adquirindo experiência nesta atividade, aumentam minhas chances de arrumar emprego quando eu for libertado’, comenta.
Economia com responsabilidade social
O mobiliário que está sendo produzido pelos detentos atende a requisitos estabelecidos por normas ergonômicas e deverá ser entregue em 19 lotes, ao longo dos 12 meses. Além de proporcionar a ressocialização do preso, esta parceria do Metrô atende ao programa de contenção de despesas da Companhia.
Nos últimos dois anos, o Metrô desativou dois prédios alugados na região da avenida Paulista, que geravam uma despesa mensal de R$ 500 mil, e mudou sua sede para a rua Boavista, colaborando para a revitalização do centro da cidade.
Nesta primeira fase de modernização do mobiliário da Companhia do Metrô, serão atendidos os edifícios Cidade II, nova sede da empresa, e Metrô I, na rua Augusta, além do Centro de Controle Operacional (CCO), na rua Vergueiro. ‘Após esta etapa, estaremos modernizando o mobiliário das estações, a exemplo do que já ocorreu na Linha 5-Lilás e pátios de manutenção de Itaquera e Jabaquara’, destaca Luiz Carlos David, presidente do Metrô.
Departamento de Imprensa do Metrô
M.J.
