Transp. Metropolitanos: Exposição ‘O Religioso e o Profano’ homenageia manifestações folclóricas

Evento começa segunda-feira, dia 8, na Estação Hebraica-Rebouças

qui, 04/08/2005 - 10h57 | Do Portal do Governo

Em homenagem às manifestações do folclore nacional, tradicionais no mês de agosto, na próxima segunda-feira, dia 08, a Estação Hebraica-Rebouças, localizada na Linha C [Osasco-Jurubatuba] da CPTM [Companhia Paulista de Trens Metropolitanos], recebe a exposição ‘O Religioso e o Profano’, um documentário fotográfico.

Composta por 15 imagens vibrantes e coloridas, a mostra resgata a cultura popular e a arte presentes nas comemorações religiosas típicas do Vale do Paraíba, em São Paulo, cuja principal característica a homenagem ao Divino Espírito Santo.

Produzido pelo fotógrafo José Hilário, em parceria com a jornalista Andreza Rodrigues, responsável pela parte de pesquisa, o projeto poderá ser conferido gratuitamente pelos usuários que circulam pelo sistema ferroviário da CPTM, até o dia 31 de agosto. A iniciativa faz parte das ações culturais desenvolvidas pela companhia, em suas dependências.

Festa do Divino

A festa do Divino foi instituída em Portugal no início do século XIV pela rainha Isabel, mulher de D. Diniz, quando construiu a igreja do Espírito Santo, em Alenquer. No Brasil, popularizou-se no século XVI, sendo desde então celebrada ainda em vários estados.

Em São Paulo, é uma das mais ricas manifestações populares, que ganhou força com o voto coletivo dos moradores ribeirinhos, estabelecidos nas margens do Rio Tietê. Desolado pelas febres no século passado, o povo dessa região procurou a proteção do Divino Espírito Santo. E assim teve início essa história que se repete ano a ano, com os costumes passados de geração a geração.

Durante a festa, ocorre uma profusão de ritos, envolvendo missa cantada, procissão, leilão de prendas e outras expressões folclóricas, peculiares. Durante a fase dos preparativos, por exemplo, realiza-se uma folia, com a bandeira do Divino, para arrecadar fundos – são armados coretos, palanques e até um trono para o imperador do Divino. Trata-se de uma criança ou adulto que, durante a festa, exerce poderes majestáticos, chegando até a libertar presos – situação comum no Brasil e em Portugal de outrora.

O festejo, de cunho religioso, segue calendário móvel da Igreja Católica, com duração média de dez dias. Seu encerramento ocorre sempre no domingo de Pentecostes, em maio, data que comemora a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos – sete semanas depois do domingo de Páscoa.

Da Assessoria de Imprensa da CPTM

J.C.