Traficante do Rio é removido para penitenciária paulista de segurança máxima

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qui, 27/02/2003 - 9h29 | Do Portal do Governo

Atendendo a pedido do Governo Federal, o Governo do Estado de São Paulo decidiu aceitar a remoção do preso Fernandinho Beira-Mar do Rio de Janeiro para a Penitenciária de Segurança Máxima de Presidente Bernardes, onde ele deverá permanecer por 30 dias. O pedido foi feito nesta quarta-feira, 26, pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.

Na penitenciária de Presidente Bernardes, os internos ficam em celas individuais. O piso tem um metro de concreto, com tapetes de chapas de aço – é o famoso piso “antitúnel”. Foi a primeira unidade do sistema prisional a ter instalado o bloqueador de celular: hoje outras cinco em São Paulo têm o equipamento.

A segurança é o principal objetivo da unidade, que, além do bloqueador de celular, tem detector de metais e equipamentos de alarme de fuga e incêndio. A rotina dos internos é totalmente diferente das outras unidades prisionais. Não há contato físico, visita íntima, acesso a rádio ou televisão e o “jumbo”, gêneros alimentícios e de primeira necessidade, é reduzido a itens determinados pela Secretaria da Administração Penitenciária. Diariamente, os prisioneiros saem para o banho de sol durante uma hora e 30 minutos.

O preso remetido à penitenciária de Presidente Bernardes fica, em uma primeira vez, por um período de 180 dias. A cada nova inclusão, por motivo diferente, o prazo de internação passa para um ano.

Desde que foi inaugurada, a unidade não registrou nenhuma fuga ou tentativa. As revistas rotineiras têm comprovado a eficácia do sistema. Nelas não são encontrados objetos estranhos ao cotidiano prisional. Hoje, a penitenciária de Presidente Bernardes abriga presos que fizeram história no mundo do crime como Andinho, seqüestrador da região de Campinas, e Geleião, entre outros integrantes de facções criminosas. A penitenciária, que custou cerca de R$ 8 milhões, foi inaugurado em 2 de abril de 2002 e comporta 160 presos (hoje abriga 70).