Trabalho: Carnaval é fonte de inspiração para novos empreendimentos

Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho faz parceria com escola de samba para criar cursos de capacitação

qui, 02/05/2002 - 14h32 | Do Portal do Governo

A criatividade e a alegria do Carnaval ultrapassaram a passarela do samba e estão originando cinco novas empresas, criadas a partir do Programa de Auto-Emprego (PAE) da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho (Sert), em parceria com a escola de samba Rosas de Ouro. Nesta sexta-feira, dia 3, será realizada a formatura de 29 trabalhadores que participaram do PAE, na sede da Rosas de Ouro. A cerimônia será realizada às 19 horas, na Sociedade Rosas de Ouro, à rua Cel. Euclides Machado, 1.066, na Freguesia do Ó, em São Paulo.

O evento marca o início das atividades das empresas geradas a partir do programa. São elas: Empresa Associativa de Aderecistas e Artesãos Aquarela Brasil; Empresa Associativa de Costura ‘La Femme’; Empresa Associativa Tentação Doces e Salgados; Empresa Associativa de Escultores ‘Auguste Rodin’ e Empresa Associativa Rosas Cabelereiros Fashion.

O PAE está possibilitando que atividades inicialmente inerentes ao Carnaval sejam ampliadas e atendam outros segmentos, gerando emprego e renda para os 29 novos formandos do PAE. É o caso da Empresa Associativa de Aderecistas e Artesãos Aquarela do Brasil, criada a partir do PAE. Segundo o instrutor do programa, Mauro Olímpio da Silva, a associação está possibilitando a união de aderecistas e artesãos em uma empresa que, além de atender a demanda da maior festa popular brasileira, está buscando novos clientes, como grupos de teatro e o setor de shows e eventos.

A Empresa Associativa de Escultores ‘Auguste Rodin’ segue a mesma tendência e já se prepara para buscar novos mercados, como a produção de esculturas, bustos e monumentos para prefeituras, por exemplo. Segundo um dos integrante da empresa, Adão Benedito Reis, as possibilidades são muitas. A ‘Auguste Rodin’ já tem encomendas para o Carnaval, mas pretende diversificar a clientela, garantindo trabalho durante todo o ano. ‘Também queremos atender o Carnaval de outras cidades’, afirma Reis.

Descobrindo potencialidades

O PAE realiza-se por meio de convênio com a FAO – Agência das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura. Voltado principalmente para a população excluída do mercado de trabalho (desempregado, com baixa formação educacional e profissional, morador da periferia urbana), o programa estimula uma melhoria na formação profissional e promove microempreendimentos com o objetivo de criar o chamado auto-emprego.

Em seus cursos, a pessoa aprende não só uma profissão, mas também a encontrar alternativas para produzir e gerar renda fora do mercado formal de trabalho. Desde o primeiro dia de aula, o trabalhador é instigado a usar suas potencialidades, criando empresa fictícia. Os alunos aprendem a produzir um determinado bem ou serviço, enquanto assimilam noções de empreendimento e administração microempresarial; etapas como compra de matéria-prima, comercialização do bem ou do serviço, gerenciamento e demais aspectos pertinentes à vida de uma microempresa. Os técnicos que ministram treinamento moram nas localidades atendidas durante os três meses de capacitação.

Criado em 1996, o PAE já gerou mais de mil pequenos empreendimentos populares, que geram renda para mais de 4 mil ex-desempregados, pois cada um agrupa em média quatro sócios. Até hoje, cerca de 25 mil trabalhadores já passaram por treinamento do PAE.

Da Assessoria de Imprensa da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho