Terras: Instituto Florestal obtém reintegração de posse de área invadida em Mogi-Guaçu

Trata-se de um ecossistema protegido por lei, onde há formações características de cerrado

qua, 12/03/2003 - 16h25 | Do Portal do Governo

O juiz Sergio Augusto Forchesato, da 2° Vara Cível de Mogi-Guaçu concedeu liminar atendendo a pedido de reintegração de posse, pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente, de uma área da Estação Experimental de Mogi-Guaçu invadida no último final-de-semana por cerca de 400 pessoas. O grupo, que não explicitou vínculos com nenhum movimento social, ocupou duas casas e montou barracas de lona nas proximidades da sede.

O secretário do Meio Ambiente, professor José Goldemberg, salientou que a área invadida, administrada pelo Instituto Florestal, estava reservada para o plantio de 90 hectares de floresta nativa, com recursos da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica liberados na forma de compensação ambiental pela passagem de uma linha de transmissão. A área, localizada ao longo de um riacho com mata ciliar, vai formar um corredor ecológico, criando condições mais adequadas para a movimentação da fauna da região.

Goldemberg, constestando a afirmação dos invasores de que a área estaria abandonada, afirmou que se trata de uma área de pesquisas científicas de espécies florestais, especialmente o ‘Pinus’ e o ‘Eucaliptus’, desenvolvendo tecnologias de produção de sementes e de manejo florestal como a extração de resinas e madeiras, que rendeu R$ 936 mil, em 2002.

Complexo ecológico

A Estação Experimental de Mogi-Guaçu, com 3.050,41 hectares, junto com a Estação Ecológica de Mogi-Guaçu, com 980,71 hectares, também administrada pelo Instituto Florestal, e a Reserva Biológica de Mogi-Guaçu, com470,04 hectares, administrada pelo Instituto de Botânica, forma o Complexo Ecológico de Mogi-Guaçu, também conhecido como Fazenda Campininha.

Trata-se de um ecossistema protegido por lei, onde há formações características de cerrado. A Estação Experimental de Mogi-Guaçu abriga também o Arboreto Dr. Hermógenes Freitas Leitão Filho, com 1.263 espécies implantadas para pesquisa e geração de um banco genético; e 45 hectares onde está sendo desenvolvido o Projeto Madeira de Lei, criado em 2002 pelo Governo do Estado.

Da Secretaria do Meio Ambiente
C.A