O acesso à Internet no meio rural paulista aumentou 82% no período de novembro de 2000 a junho de 2001, passando de 10.806 propriedades (3,9% do total de unidades de produção agropecuária) para 18.636 (6,7% do total). Esses números, entretanto, são pequenos em comparação com os dos Estados Unidos, que evoluíram de 29% em 1999 para 43% em 2001.
A informação é do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento e toma como base estatística dados do Levantamento Censitário de Unidades de Produção Agropecuária (LUPA) 1995-96 e de levantamentos amostrais em novembro de 2000 e junho de 2001.
Dos proprietários paulistas que declararam ter acesso à Internet, 74% a utilizaram para obter notícias sobre o setor agrícola, 71% para acessar dados do mercado agrícola (preços e análises de mercado), 48% para obtenção de informações sobre extensão rural e ajuda técnica e 28% para a comercialização eletrônica.
A pesquisa do IEA diz que é importante o que leva o agricultor a adquirir um computador, como forma de determinar a tendência de adoção da tecnologia. Apesar da manifestação de apenas 4%, no caso de São Paulo, inferiu-se que 40% dos agricultores não estavam interessados, pelo menos por enquanto. Entre as razões estão o alto custo (32%), não sabe operar (19%) e motivos diversos (1%). Nesta última classe, foram encontradas declarações como baixa renda, inexistência de instalações adequadas e falta de incentivo por parte do governo.
Entre os fatores limitantes à adoção desta tecnologia, a pesquisadora do IEA aponta a falta de informação, a resistência natural por parte dos proprietários tradicionais, experiências frustradas no uso do computador ou porque a tecnologia está diretamente ligada à organização e racionalização dos processos administrativos, independentemente do computador.
