Tecnologia: Poli desenvolve metodologia que reduz interrupções em linhas de transmissão

Método melhora desempenho e aumenta economia de energia

qui, 14/08/2003 - 21h17 | Do Portal do Governo

Uma nova metodologia para a instalação de pára-raios de linha em sistemas de transmissão de energia elétrica possibilita a diminuição de interrupções de energia por descargas atmosféricas, ou quedas de raios, resultando em melhor desempenho e economia.

Por meio de um conjunto de softwares e ferramentas computacionais, desenvolvido no Laboratório de Sistemas de Potência da Escola Politécnica da USP, pesquisadores conseguiram viabilizar a otimização da instalação dos equipamentos em linhas de transmissão de energia de alta tensão, que vão de 34.500 V a 138.000 V.

O pára-raios de linha, normalmente usado em sistemas de transmissão, é um equipamento composto por um conjunto de varistores de Óxido de Zinco (ZnO) – elemento não-linear aplicado para proteger subestações – e pode custar entre US$ 500 e US$ 1.500. ‘Com a nossa metodologia, é possível reduzir o número de unidades em até dois terços do que é instalado normalmente’, afirma o professor Luiz C. Zanetta, que coordenou o projeto.

Na Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), desde 1998, a metodologia possibilitou a instalação de equipamentos na região das cidades históricas daquele estado. ‘Neste período pudemos verificar que o inconveniente das interrupções foi sensivelmente atenuado’, conta Zanetta. Ele explica que em linhas de alta tensão trifásicas são usados, via de regra, três pára-raios por torre, ou seja, um para cada fase. Os cálculos elaborados no laboratório da Poli permitem otimizar a instalação com apenas um ou dois equipamentos.

Experiência
Os estudos sobre a otimização do uso de pára-raios em linhas de transmissão começaram a ser realizados no Laboratório de Sistemas Potência em 1995, quando os pesquisadores desenvolveram um projeto para a empresa Furnas Centrais Elétricas visando reduzir as interrupções decorrentes de descargas atmosféricas. Posteriormente, o trabalho se estendeu à Cemig. ‘Atualmente estamos realizando um trabalho conjunto com a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), concessionária que opera no Estado de São Paulo’, relata o professor.

Mais informações: (011) 3091-5276Antonio Carlos Quinto da Agência USP
C.A