Mostrar a atividade tecnológica brasileira para os norte-americanos formadores de opinião e segmentos envolvidos em tecnologia avançada; articular uma estrutura capaz de propiciar um aumento de fluxo entre Brasil e Estados Unidos, de bens e serviços baseados em conhecimento; promover a cooperação entre instituições de pesquisa brasileira e norte-americanas.
Estes são os objetivos da missão que a Secretaria de Ciência e Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo (SCTDET) e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) levam nesta terça-feira, dia 25, a Washington.
Trata-se do I Brazil Technology Day – BTDay, uma iniciativa da SCTDET e do IPT, em parceria com a embaixada brasileira em Washington e o National Institute of Standards and Technology (Nist). ‘Estamos levando para os americanos uma incubadora internacional’, enfatizou o secretário da SCTDET, João Carlos Meirelles.
‘A missão mostra que não temos apenas institutos e universidades para desenvolver tecnologia, mas também que somos capazes de certificar a qualidade do produto de São Paulo, condição fundamental para ampliar a pauta e o volume de exportações paulistas’, argumentou.
Durante a missão serão apresentados 22 projetos voltados à tecnologia avançada, feitos em parceria entre a iniciativa privada e cinco instituições vinculadas à SCTDET: IPT, IPEN, USP, UNESP e UNICAMP.
O BTDay conta ainda com apoio do Ministério da Tecnologia, INMETRO, Fapesp, Sebrae-SP, além da colaboração do Ministério das Relações Exteriores e da revista Scientific American Brasil.
O embaixador brasileiro Rubens Antonio Barbosa comemorou o lançamento do BTDay, destacando que o país precisa intensificar uma presença mais agressiva em países como Estados Unidos.
‘O Brasil já atingiu estágio de desenvolvimento científico e tecnológico suficiente para nos permitir cooperar com um país como os Estados Unidos, em bases de real e equilibrado intercâmbio de experiências’, disse.
Ele vai mais longe e afirma que o evento explicita o que o país terá condições de realizar em vários campos, alguns ainda pouco conhecidos em território americano, além de atrair eventuais parceiros norte-americanos para iniciativas conjuntas, que poderão refletir-se positivamente também no terreno comercial.
Para o diretor superintendente do IPT, Guilherme Ary Plonski, o evento encontrou boa receptividade no meio empresarial brasileiro. ‘Pesquisadores e empresários brasileiros, parceiros em 22 projetos exemplares poderão criar vínculos com parceiros norte-americanos para intercambiar competências’.
Para exemplificar, Plonski cita a possibilidade de o próprio Nist, que vai estabelecer padrões mínimos para a eleição eletrônica nos Estados Unidos, solicitar ao IPT uma interface de competências no Brasil para assessoramento técnico.
O presidente da Fiesp, Horácio Lafer Piva, acha o BTDay extremamente estimulante para o Brasil empreendedor. ‘Temos cientistas, empresários e coordenadores de projetos talentosos. Inciativas como essa certamente vão mexer com nossas empresas e, com tecnologia própria. O Brasil vai tornar-se mais competitivo’, avaliou.
Projetos que serão apresentados:
Combustíveis Renováveis
Membranas de Hydrogel
Produção de Radiofármacos
Valéria Cintra