Tecnologia: Marinas nas águas interiores é tema do bate-papo do IPT

Pesquisador fala nesta terça, dia 2, às 11 horas, sobre como explorar com sucesso marinas em rios ou represas

seg, 01/03/2004 - 18h33 | Do Portal do Governo

Apesar dos 7.400 km² de litoral e 55 mil km² de águas interiores , o Brasil não tem tradição em turismo náutico, como ocorre em países europeus ou nos Estados Unidos. O País conta com apenas 12 portos de expressão, aproximadamente 45 marinas e 100 garagens náuticas – todos no litoral – contabilizando somente 24 mil vagas para 50 mil barcos. Enquanto isso, os Estados Unidos dispõem de 10 mil marinas e 12 mil garagens e a França, com linha costeira e território bem menor do que o Brasil, 450 marinas.

A falta de infra-estrutura coloca o Brasil praticamente fora de eventos e competições náuticas internacionais. Na mais recente publicação americana de superiates destinadas a proprietários de mais de 100 pés, o Brasil não é mencionado. Se no Brasil barco ainda é artigo de luxo, nos EUA a navegação de recreio é popular, com preços acessíveis: cerca de 20% da população participa de lazer náutico.

Em conseqüência, não existem publicações brasileiras sobre o assunto que orientem quem deseja iniciar este tipo de empreendimento. No Brasil persiste o conceito equivocado de marinas como meros locais de atracação e de guarda de embarcações, mais propriamente denominados garagens náuticas. O moderno conceito de marina vai além das facilidades de atracação, abastecimento e apoio logístico em terra; implica também numa série de estabelecimentos e atividades afins, como hotéis, restaurantes, parques, esportes, etc, criando um ambiente interativo de atividades náuticas com atividades fora da água, atraindo usuários indiretos como turistas e moradores das redondezas.

No bate-papo desta terça-feira, o arquiteto Antonio Takaiti Shinkawa, pesquisador do Agrupamento de Hidrovias e Tecnologia Naval da Divisão de Tecnologia de Transportes do IPT, vai falar sobre o tema ‘Marinas em águas interiores’. Takaiti desenvolve projetos básicos de marinas, estudos de instalações de lazer e recreação nas águas e nas margens de rios e represas, além de projetos nas áreas de projeto naval e de terminais para embarcações de passageiros e cargas.

Depois de coletar informações em publicações e manuais pelo mundo todo, Takaiti reuniu os parâmetros básicos para projetos de marinas, incluindo tópicos básicos de localização, dimensionamento e aspectos ambientais, além do impacto no desenvolvimento turístico local.

Serviço

Bate-papo no dia 02/03/2004, das 11h às 11h50 em www.ipt.br/tecnologia/chat.

Marinas nas águas interiores

Antonio Takaiti Shinkawa – Pesquisador do Agrupamento de Hidrovias e Tecnologia Naval da Divisão de Tecnologia de Transportes do IPT. Formado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Mackenzie (1968). Desenvolve projetos básicos de marinas, estudos de instalações de lazer e recreação nas águas interiores, além de projetos nas áreas de arranjo naval e terminais para embarcações de passageiros e cargas. É autor do ‘Manual de Implantação de Marinas na Hidrovia Tietê-Paraná’, entre outras publicações.