Tecnologia: IPT realiza bate-papo sobre metrologia no setor de produtos de higiene e limpeza

Será na próxima terça-feira, dia 7

seg, 06/06/2005 - 11h13 | Do Portal do Governo

No Brasil, não existem normas reguladoras das composições de produtos de limpeza para seus fabricantes. Hoje, não há critérios pré-estabelecidos para determinar as dosagens das substâncias que compõem produtos como o detergente e o sabão.

Segundo a pesquisadora, Gracinda Garofalo, do Laboratório de Análises Químicas Orgânicas da Divisão de Química do IPT, a única referência brasileira são normas para a fabricação do sabão em barra criadas em 1954. “Normalmente, os fabricantes têm a sua própria metodologia para fabricação dos seus produtos e criam as fórmulas como desejam”.

Diante disso, o Laboratório, que recebe uma enorme variedade de produtos orgânicos para análises químicas, inclusive produtos de higiene e limpeza, segue metodologia baseada em normas norte-americanas e européias para atender aos pedidos de análises químicas de fabricantes. Mas nem sempre as normas estrangeiras são compatíveis com as condições de fabricação e venda brasileiras.

As análises laboratoriais feitas no IPT buscam o controle dos produtos por meio de medições das dosagens dos seus componentes. A partir daí, são feitas comparações entre produtos semelhantes e análise de suas funções.

O detergente e o sabão costumam ser analisados com grande freqüência. A pesquisadora faz questão de enfatizar que entre ambos há uma grande diferenciação química e que não se tratam da mesma coisa: “O detergente é uma mistura com vários compostos que possuem funções diferentes. Já o sabão é um produto único derivado de sebo animal ou vegetal; eventualmente pode ter detergente na sua composição também, explica Gracinda.

Agenda

Data: terça-feira, dia 7 de junho de 2005
Horário: 11 horas

Metrologia no setor de produtos de higiene e limpeza

Gracinda Martins C. Garofalo – Pesquisadora do Laboratório de Análises Químicas Orgânicas da Divisão de Química do IPT. Farmacêutica-bioquímica pela USP. No IPT desde 1978, desenvolvendo atividades de prestação de serviços e pesquisa na área de química orgânica (combustíveis e lubrificantes, polímeros naturais e sintéticos, plástico biodegradável etc.). Atualmente, responsável pelo Setor de Via Úmida do LAQO, atuando na caracterização química de produtos diversos, em especial, aqueles relacionados ao setor de higiene e limpeza (detergentes, sabões), além de apoio tecnológico às indústrias e aos orgãos públicos.