Tecnologia: IPT quer certificação para embalagens de hortifruti

Na próxima terça-feira, dia 11, Ernesto Pichler defende a certificação para garantir qualidade no transporte de frutas e verduras

sex, 07/01/2005 - 16h57 | Do Portal do Governo

Encontrar a embalagem mais adequada para o transporte de hortifrutícolas pode significar maior qualidade do produto, mais economia e garantia de que frutas e verduras chegarão à mesa do consumidor em bom estado para o consumo.

Com esta preocupação, o engenheiro Ernesto F. Pichler, chefe do Laboratório de Embalagens e Acondicionamento do IPT defende que as embalagens feitas para transporte dos hortifrutis sejam certificadas no Instituto.

O sistema de certificação de embalagens pelo IPT está sendo discutido com algumas empresas seguradoras, como forma de estimular o uso de embalagens com menor risco de avarias ou perdas. A certificação é uma demonstração de que um produto, ou uma embalagem, ou um serviço, atendem a uma dada especificação.
Essa certificação, de acordo com Pichler, não iria colidir com a certificação exigida pelo INMETRO e os órgãos de transporte Marítimo e aéreo, pois seria opcional, nos moldes existentes nos EUA, como modelo vinculado para efeito de pagamento do seguro, ou seja, a partir da verificação de similaridade ao modelo aprovado da embalagem envolvida em sinistro, com auditoria a posteriori.

Os argumentos para a implantação da certificação do IPT foram reforçados a partir da criação do CCT – Centro de Certificação Técnica do IPT e da elaboração de um conjunto de normas pelos pesquisadores, que seguem as especificações de várias instituições normativas, como o INMETRO.

O projeto de embalagens para produtos hortifrutícolas desenvolvido pelo IPT recebeu o Prêmio Embanews de Embalagens de 2004. O novo modelo traz inovação e racionalização para as embalagens de frutas e verduras, abordando aspectos como o seu melhor dimensionamento volumétrico, tipo de material e encaixe para transporte.

As embalagens seguem um padrão volumétrico de comercialização, o que facilitaria os padrões de preços por caixa dos produtos agrícolas. O padrão volumétrico de caixas foi abolido pelo governo há quase dois anos, causando diversos transtornos para o comércio no que diz respeito ao preço da caixa.

Outro aspecto abordado pelos pesquisadores foi o tipo de material usado na embalagem. Caixas de madeira costumam apresentar contaminação fitosanitária, que é causada pela disseminação de fungos, como os de laranjas podres, por exemplo. Foram estudadas maneiras para atacar esse problema, como o tratamento da madeira com antifúngicos antes de cada reutilização. A caixa de madeira tem custo mais baixo que a de papelão, e, caso não seja reutilizada, pode ser descartada sem maiores prejuízos. Cada tipo de material apresenta vantagens e desvantagens e é apropriado para determinados usos. Caixas de plásticos têm alto custo e precisam ser reutilizadas, por isso só são viáveis para pequenas distâncias, pois para longas seu transporte de retorno torna-se muito caro.

Serviço

– Bate-papo on line do IPT
Todas as terças, às 11 horas
– Site: www.ipt.br/bate-papo