Tecnologia: IPT firma parceria contra cibercrime

Anúncio foi feito nesta sexta-feira, dia 13

sex, 13/05/2005 - 19h36 | Do Portal do Governo

Sexta-feira 13, nome do vírus que marcou informática mundial e dia do anúncio da parceria IPT-Hauri, marco do primeiro Laboratório Antivírus da América Latina.

Competência tecnológica e ferramentas adequadas são armas eficazes contra os crimes digitais, os chamados cibercrimes. “Os vírus, por mais destrutivos que sejam, podem ser derrotados quando competências tecnológica e empresarial se aliam”, afirmou Cláudio Luiz Marte, diretor da Divisão de Informática e Telecomunicações do IPT na cerimônia que marcou o anúncio da parceria nesta sexta-feira, dia 13, firmada pelo IPT e pela Hauri do Brasil, subsidiária da multinacional sul-coreana Hauri Inc., empresa especializada no desenvolvimento de softwares de segurança voltados às ameaças combinadas das novas gerações de vírus.

“Sexta-feira 13” é uma data marco na disseminação de vírus de computador e, também, nome do mais famoso deles por sua contaminação global e que foi desenvolvido em Jerusalém, Israel, há 18 anos. “Esta cerimônia não é uma homenagem ao vírus, mas uma lembrança de que pode-se sempre derrota-los, por mais destrutivos que sejam, quando as competências tecnológica e empresarial andam juntas para construir um futuro diferente”, lembrou Marte. Para ele, esta parceria poderá desenvolver soluções que envolvam competência multidisciplinar, dando suporte em TI para setores como o governamental e o financeiro. Para o vice-presidente da Hauri Inc,., Paulo Tonetto, a busca de soluções antivírus deve ser ampliada para que seja eficaz. “Queremos, com esta união de esforços, ampliar a conscientização internacional de que o crime cibernético não é algo a ser combatido apenas por empresas privadas que buscam desenvolver vacinas e vendê-las como solução. Trata-se, sim, de um problema social.” Tonetto acredita que mais adiante o laboratório brasileiro, que deverá ser inaugurado em julho (5) e do qual o IPT será hospedeiro e co-gestor, poderá estar capacitado para o desenvolvimento de produtos.

O pesquisador Antonio Rigo lembrou que tecnologia é uma ferramenta capaz de potencializar a habilidade humana. “A parceira IPT-Hauri pode equilibrar forças, criar mecanismos de defesa e resistir ao avanço do crime digital. O produto de que estamos falando não se limita a estancar a ação do vírus, recupera o conteúdo do disco rígido.”

A responsável técnica e pelas negociações do Laboratório, Maria de Fátima Porcaro, informa que o projeto busca alianças com empresas, principalmente na área financeira. “A idéia é personalizar os serviços de segurança, realizados em três vértices: Hauri, IPT e empresa.’ Segundo ela, os modelos comerciais serão estabelecidos individualmente com cada empresa, de acordo com os recursos disponíveis.

Mercado – Segundo a Hauri, até hoje no mundo foram criados aproximadamente 85.000 vírus. Destes, 34.000 foram criados na era do MS-DOS / W16 bits, até 1995. Atualmente, restam 1.286 vírus ativos e que ainda representam uma ameaça mundial de infecção de redes. No Brasil, o número de ataques a servidores e websites chega à cerca de 2.000/mês, quase 10% do volume médio de ataques registrados mensalmente em 2004 no resto do mundo – uma prova do estágio altamente avançado dos hackers brasileiros. Ainda no ano passado, segundo análises de mercado publicadas na mídia, o número de invasões em todo o planeta chegou a 400 mil, um crescimento de 36% em relação ao ano anterior.

Os países latino-americanos representam menos de 5% do faturamento mundial de soluções antivírus, demonstrando que há muito a ser feito no combate e proteção do ambiente virtual brasileiro.