O Instituto do Coração (Incor), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, desenvolveu equipamento que informa, a cada cinco minutos, a taxa média de glicose de pessoas portadoras de diabete. Trata-se de um monitor que mostra também a pressão sangüínea e o eletrocardiograma. O objetivo é aprimorar o atendimento aos pacientes da doença, responsável por cerca de 3,5% das mortes no País em 2003.
O VMonGluco, nome dado ao aparelho inédito, já foi patenteado pela instituição como solução para pacientes internados e em estado crítico. Foi desenvolvido no Incor a partir de um equipamento da multinacional norte-americana Medtronic que faz monitoramento contínuo das taxas de glicose por até 72 horas. Esse aparelho verifica as taxas de glicose por meio de um fio, pouco mais grosso que um fio de cabelo, introduzido entre a pele e a camada de gordura, na região do abdômen.
A verificação constante das taxas de glicose melhora o tratamento, explica o diretor-geral do Incor, José Antônio Franchini Ramires. “Pelos métodos atuais de controle, quando sai o resultado, a concentração de glicose já não é a mesma. O quadro crítico leva a tantas alterações hormonais que a taxa de açúcar sobe, e é preciso verificar a concentração várias vezes ao dia”. Isso significa uma picada no dedo a cada uma ou duas horas, e ainda esperar pelo resultado dos exames.
Segundo o diretor de tecnologia do hospital, Marco Antonio Gutierrez, foi criado no Incor um software que aprimora a tecnologia e permite a verificação dos resultados, a cada cinco minutos. A informação é transmitida a um computador de mão e dali transferida para a tela de um monitor. O aparelho desenvolvido pelo Incor está em teste com 30 pacientes. Depois dessa fase, que deverá durar cerca de 40 dias, os resultados serão comparados com as avaliações tradicionais das taxas de glicose.
Da Agência Imprensa Oficial
(LRK)
