Para incentivar os municípios a criar e ampliar projetos de geração de renda, o Fundo Social de Solidariedade do Estado (Fussesp) repassou verba da ordem de R$ 2 milhões aos Fundos Sociais de Solidariedade Municipais. Após análise, a instituição estadual decidiu destinar R$ 8 mil aos 250 municípios que demonstraram maior responsabilidade social, com investimentos em educação e saúde.
Para conhecer os trabalhos desenvolvidos nas diversas cidades paulistas, o Fussesp tem promovido encontros de sua presidente com as primeiras-damas municipais. ‘Em dois meses, eu já visitei as 13 regionais do Fussesp no Estado e estive com 487 presidentes de Fundos Sociais municipais. São encontros de trabalho nos quais tenho conhecido projetos maravilhosos’, afirma a presidente do Fussesp, Maria Lúcia Alckmin. Essas reuniões também servem para verificar dificuldades e buscar soluções. Um dos problemas apontados nesses encontros é o pouco escoamento da produção. Para tentar solucioná-lo, o Cepam, a pedido da primeira-dama, deve encaminhar um técnico às regionais para ensinar colocar preço nos produtos e mostrar a melhor maneira de gerir esses projetos.
‘Não adianta dizer que já fiz a minha parte. Não fiz’, afirma a primeira-dama, consciente de que ainda há muito a realizar. ‘Faço questão de acompanhar esses projetos para verificar se estão realmente atendendo a população carente.’ Ela conta que, a cada dia, têm surgido idéias para ampliar o programa de geração de renda. É um trabalho sem fim, mas que me deixa profundamente realizada’.
Nova Granada, cidade beneficiada com verba do Fussesp, comprou, com os R$ 8 mil, duas máquinas de máquinas bloco e duas de fazer piso. O projeto empregou dez pessoas e está fabricando mil blocos por dia, cuja venda já está garantida. No município de Uru, com 1.400 habitantes, o Fundo Social local montou padaria e confeitaria e passou a vender a produção para as cidades do entorno. ‘Uru se transformou num pólo prestador desse serviço e eles estão sobrevivendo com isso’, comemora a primeira-dama ao ver o fortalecimento dos projetos de geração de renda.
Dar o peixe
‘Não queremos fazer assistencialismo. Nosso objetivo é ensinar a pescar’, lembra a presidente do Fussesp. ‘Mas, nos lugares onde os projetos de geração de renda ainda não chegaram, nós continuamos fazendo esse trabalho, porque o povo ainda sente fome e frio.’
Para atender a esse tipo de necessidade da população, o Fundo Social já começou a preparar a Campanha do Agasalho 2002. A primeira-dama espera ter o mesmo apoio da sociedade civil e o mesmo sucesso da campanha anterior. Foram arrecadadas 465 mil peças entre cobertores e agasalhos, quando a meta era de 200 mil.
Com o projeto Ação Alimento, o Fussesp intermedeia doação de gêneros alimentícios de supermercados a 250 entidades assistenciais, número que deve crescer os próximos meses. O Fundo Social faz contato com mercados e apresenta a lista de instituições cadastradas, com a quantidade de assistidos. Os comerciantes enviam os produtos (normalmente itens próximos ao vencimento), de acordo com quantidade de beneficiados, diretamente para as entidades do entorno, sem passar pelos depósitos do Fussesp. ‘Nesses dois projetos tudo é distribuído sem uso de verbas públicas’, esclarece a presidente do Fundo Social.
Sirlaine Aiala
Da Agência Imprensa Oficial
