Setor da moda e design terá apoio tecnológico do Estado

Governador fará abertura de seminário antes dos desfiles do São Paulo Fashion Week, com o tema 'Crescimento'

qua, 14/01/2004 - 18h23 | Do Portal do Governo


O setor da moda e design receberá apoio tecnológico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e do Instituto de Pesquisa Tecnológica (IPT). O anúncio foi feito pelo governador Geraldo Alckmin, nesta quarta-feira, dia 14, após reunir-se com representantes do Instituto Nacional de Moda e Design (Inmod), no gabinete do Centro da Cidade, na Rua Boa Vista. A reunião foi realizada depois do governador ter sancionado a lei nº 417/00, que institui no calendário oficial do Estado a ‘Semana da Moda Inverno’.

“O design, a moda, é a grande vocação de São Paulo. A vocação da arte, da criatividade, que agrega valor ao produto e que coloca São Paulo e o Brasil no calendário mundial do setor, com o São Paulo Fashion Week”, afirmou o governador. O evento, que está em seu sexto ano, conquistou sucesso em tempo recorde e está se consolidando entre os principais eventos da moda e com visibilidade no mundo inteiro. Para se ter uma idéia, a Itália levou 15 anos para se consolidar mundialmente no setor.

Durante o encontro, também foram discutidos temas como novas reduções fiscais para o setor e o combate à pirataria e falsificação.

Alckmin lembrou que, no ano passado, reduziu de 18% para 12% o ICMS do setor têxtil, de fiação, tecelagem, confecção e vestuário. A medida teve o objetivo de dar competitividade à indústria paulista, importante geradora de emprego, renda e trabalho no Estado. “As outras idéias serão estudadas. Estou entusiasmado com essa questão de redução de impostos”, afirmou.

Ele destacou que a redução do ICMS do álcool de 25% para 12% gerou um aumento de 5,5 vezes nas vendas do produto pela BR Distribuidora, no mês de dezembro. Na opinião do governador, isso se deve ao fato de empresas estarem saindo da informalidade e entrando no mercado formal. “Estamos fazendo um estudo para provar que com a redução da alíquota, aumentou a arrecadação. Com a Lei de Responsabilidade Fiscal, quando se perde uma receita, é preciso cortar uma despesa, com Educação, Saúde, Segurança. Tem de ter cuidado. E a lei é muito dura. É preciso provar que não houve perda de receita para não haver desequilíbrio fiscal”, explicou.

Quanto ao tema da pirataria e falsificação, o governador informou que a Secretaria da Segurança Pública está montando uma delegacia especializada para o combate desses crimes.

São Paulo Fashion Week

O presidente da Inmod e criador do calendário oficial da moda brasileira, Paulo Borges, aproveitou a oportunidade para convidar o governador para a abertura do seminário que será realizado antes do início dos desfiles do São Paulo Fashion Week – Inverno 2004, no próximo dia 26, com o tema ‘Crescimento’. E também para assistir a alguns dos desfiles que serão realizados entre os dias 28 de janeiro e 3 de fevereiro, na Fundação Bienal do Parque do Ibirapuera, em São Paulo.

Alckmin aceitou os convites. “O São Paulo Fashion Week representa uma mudança de cultura. Ajuda o País a mudar de patamar, a deixar de ser exportador de commodities para agregar valor, gerar emprego aqui dentro, melhorar a renda das pessoas”, afirmou.

Durante o São Paulo Fashion Week, as empresas do setor de moda e design vendem cerca de 80% da coleção do semestre. Isso porque, além dos desfiles, são realizados diversos show rooms pela cidade. “Antes, quando não havia um calendário de moda, os compradores levavam meses para ver o que estava sendo produzido e a compra não era tão planejada. Hoje, as pessoas conseguem olhar o cenário de moda e a imprensa fala sobre o assunto. Com isso, o lojista compra melhor e, portanto, vende melhor”, destacou Borges.

Nesta edição do São Paulo Fashion Week haverá 41 desfiles, além de cerca de 300 show rooms, em hotéis e salas comerciais espalhadas pela cidade, de marcas do Brasil inteiro que aproveitam esse período para comercializar as coleções. “Isso mostra a força comercial do negócio. Moda não é arte é negócio”, finalizou o presidente do Inmod.

Cíntia Cury