O Banco do Povo Paulista, programa em parceria da Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho (Sert) e Banco Nossa Caixa atingiu a cifra de R$ 100 milhões concedidos em empréstimos. Neste ano a instituição liberou R$ 22 milhões, com juros de 1% ao mês, os menores do mercado, beneficiando 41,2 mil pequenos negócios.
O projeto nasceu em setembro de 1998 e abrange 281 municípios do Estado. Tem por objetivo incentivar e tornar viável o crescimento de microempreendimentos, formais e informais, cooperativas e associações. Visa à geração de emprego e renda.
Os financiamentos são dirigidos à população sem acesso às linhas de crédito convencionais. No ranking dos ramos de atividade beneficiados pelos empréstimos, ocupam os primeiros lugares o vestuário (costureiras e pequenas confecções) e a alimentação (mercearias, ambulantes, doces e salgados por encomenda, entre outros).
Valores emprestados
Desde o início das operações, o Banco do Povo apresenta índice mínimo de inadimplência, 2%. Os montantes concedidos oscilam entre R$ 200,00 e R$ 5 mil para pequenos negócios e até R$ 25 mil para cooperativas e associações.
Os prazos de pagamento variam de acordo com a utilização do crédito que, para capital de giro (compra de matérias-primas), é de até seis meses. Para investimentos (aquisição e conserto de máquinas, equipamentos e ferramentas), o pagamento pode ser feito em até um ano e meio, com prestações mensais fixas.
Parcerias
O programa funciona por meio de parceria entre o Estado e as prefeituras. A administração paulista contribui com 90% do empréstimo, treina os agentes de crédito e supervisiona as operações. Os municípios são responsáveis por 10% do fundo de crédito e cedem funcionários e espaço físico para as unidades de atendimento.
Sem burocracia
Ademar Nogueira de Souza, 41 anos, foi o primeiro cliente do posto de Guarulhos. Casado e pai de dois filhos, ele e a esposa dedicam-se à produção e venda de material de limpeza há dez anos. Antes de conhecer o serviço, adquiria as matérias-primas com cheques pré-datados. “Comprava a prazo e sempre pagava mais caro”, explica. Resolveu buscar financiamento para capital de giro e aproveitou para aperfeiçoar o seu negócio.
“Foi fácil obter o empréstimo. De uma semana para outra o cheque saiu, sem burocracia”, lembra. Ele conseguiu R$ 4.908,00 para pagar em 12 vezes, com prestações mensais fixas de R$ 434,30. Com o dinheiro, fez um estoque de matéria-prima e recebeu descontos porque pagou à vista. “Estou satisfeito. Não pegaria esse valor em um banco normal, porque os juros que teria de pagar inviabilizariam meu comércio.”
Da Agência Imprensa Oficial e Assessoria de Imprensa da Sert
(AM)