Semana da Cidadania: 60 atendimentos médicos por dia na Favela Alba

O evento é promovido pela Secretaria da Segurança Pública

sex, 23/11/2001 - 16h50 | Do Portal do Governo

O posto médico instalado numa Base Comunitária Móvel da Polícia Militar dentro da Favela Alba, durante a Semana da Cidadania, atendeu cerca de 60 pessoas por dia, desde a última segunda-feira, dia 19. A informação é da médica segundo-tenente Edilma Varanda, que até às 11 horas já havia atendido quase 30 pessoas.

Iraci Marta, de 43 anos, foi uma das moradoras da favela atendida nesta sexta-feira, dia 23. Ela apresentava manchas na pele, diagnosticadas como micose. Após a consulta, Iraci foi encaminhada à uma Base Móvel para pegar o remédio. ‘Estou desempregada e se fosse ao hospital, não teria dinheiro para comprar remédios’, afirmou.

Esta é a segunda vez que Iraci passa pelo posto médico instalado temporariamente na favela. ‘Acho que isso é muito bom, não só para mim, mas para muita gente. Sempre que tem médico aqui, as filas são grandes’, disse.

Como está instalado numa Base da Polícia Móvel, o posto médico não tem condições de fazer exames ou diagnósticos mais complexos. ‘Aqui dá para resolver quadros de infecção, gastrite, tratar hipertensão, entre outras coisas’, explicou Varanda. ‘O atendimento é básico, mas muito importante para as pessoas’. Como exemplo, a médica conta a história de uma moradora que chegou lá com crise de hipertensão. ‘Se ela não tivesse sido medicada, poderia sofrer um enfarte ou um derrame’, afirmou.

Outro serviço colocado à disposição dos moradores da Favela Alba durante a Semana da Cidadania é a orientação odontológica. ‘Trabalhamos na prevenção’, afirma a dentista da Polícia Militar, tenente Mônica Antão Fernandes.

As pessoas assistem palestras que orientam sobre escovação e cuidados com os dentes, além de dar dicas sobre alimentação. Grávidas e mulheres com filhos pequenos recebem orientação específica. ‘Uma mãe chegou aqui hoje contando que o filho já está começando a escovar os dentes. Devagar a gente consegue conscientizar as pessoas’, acredita Fernandes.

Cíntia Cury