Segurança Pública de São Paulo recebe mais 262 policiais e 142 novas viaturas

Novas Bases Comunitárias Móveis começam a operar no Centro da Capital na segunda-feira, com dez policiais

qui, 18/12/2003 - 13h29 | Do Portal do Governo


São Paulo ganhou mais 262 policiais e 142 novas viaturas. Nesta quinta-feira, dia 18, o governador Geraldo Alckmin presidiu cerimônia de formatura dos novos policiais e entregou viaturas para a Capital e para o policiamento de rodovias do Interior. O paraninfo da turma foi o secretário da Juventude, Esporte e Lazer, Lars Grael.

Das 142 viaturas, 45 serão destinadas à Capital, sendo 15 para as bases comunitárias móveis, 20 para o Policiamento Integrado e dez para o Batalhão de Choque. As outras 97 viaturas farão policiamento rodoviário das regiões de Rio Claro, Araraquara, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Jundiaí e Campinas. Os veículos serão destinados à Polícia Militar e ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER).

“A novidade são os trailers para a Polícia Comunitária. Inicialmente, estamos entregando 15”, enfatizou o governador. Ele explicou que os trailers devem compor uma nova concepção de Base Comunitária Móvel, na qual atuarão 10 soldados com sistema de comunicação, sendo que três ficarão dentro da base, dois farão o policiamento a pé, dois de bicicleta, dois de motocicleta e um no automóvel, que também será responsável pelo deslocamento da unidade.

Essa base ficará pelo menos 24 horas em cada local. Alckmin informou que esse novo modelo foi desenvolvido porque, com a instalação de bases fixas, a criminalidade se deslocava. “Agora, há o fator surpresa. O trailer pode mudar de lugar de um dia para o outro e todo o policiamento feito no entorno também”, disse. As novas bases começam a operar nesta segunda-feira, dia 22.

Os trailers e viaturas entregues nesta quinta-feira serão destinados aos Batalhões da PM das regiões Central (6 automóveis e 7 trailers), Vergueiro (8 automóveis e um trailer), Rio Branco (6 automóveis e 2 trailers), Bresser (5 trailers) e Barro Branco (10 Pick Ups).

Novos policiais passaram por 12 meses de curso

Os formandos vão atuar no policiamento comunitário e ostensivo das regiões de São Miguel Paulista, Itaquera, Butantã, Jardim São Luiz e Parque América, que ficam no chamado Centro Expandido da Capital, no eixo dos rios Tietê e Pinheiros. Alckmin lembrou que, diariamente, mais de 1,5 milhão de pessoas transitam pela região Central da Capital, por isso, um reforço no policiamento se faz necessário.

Graduados na categoria Soldado PM 2ª Classe Efetivo, os novos policias prestaram concurso público em dezembro de 2001 e passaram pelo Curso de Formação de Soldados da PM, com duração de 12 meses. Durante o curso, eles realizaram estágios supervisionados em atividades de policiamento ostensivo em bairros da Capital e Grande São Paulo. Os novos policiais atuarão no policiamento comunitário.

Dividido em dois módulos, o curso conta com disciplinas nas áreas de Ciências Jurídicas, Noções de Psicologia, Sociologia, Medicina Legal e Criminalísticas, Pronto-Socorrismo, Defesa Civil, Tiro Defensivo, Polícia Comunitária e Defesa Pessoal, além de atividades extracurriculares de Inglês, Informática e Auto-Escola.

De 1995 a 2003, a Polícia Militar formou cerca de 35 mil novos soldados. Só este ano, quase três mil policiais concluíram cursos.

Segurança Pública é área prioritária do Governo

Alckmin destacou que a Segurança Pública é uma área prioritária no Governo paulista. Ele ressaltou o esforço do Estado para zerar o número de presos em cadeias e distritos da Capital. “Com isso, teremos um ganho triplo. O primeiro é o aspecto humanitário, já que as pessoas não podem ficar naquela superlotação. O segundo é o da segurança, já que o risco de fuga em distrito é muito grande e a segurança em penitenciária é muito maior. O terceiro é o ganho de eficiência na polícia”, explicou.

Além da Casa de Detenção do Carandiru, a administração paulista desativou a carceragem de 34 dos 93 distritos da Polícia Civil da Capital. De acordo com o governador, oito ou nove penitenciárias deverão ser erguidas para desativar a carceragem de 51 distritos da Capital. Os outros oito distritos não terão a carceragem desativada e deverão abrigar prisões especiais e administrativas.

“A Casa de Detenção do Carandiru tinha cerca de 8 mil presos. Conseguimos construir 10 penitenciárias e desativá-la. Hoje, são penitenciárias menores e o número de fugas caiu”, enfatizou.

Cíntia Cury