Segurança: Policiamento em casas de espetáculos proporciona mais segurança

Principal resultado está relacionado à sensação de segurança dos freqüentadores

seg, 12/09/2005 - 17h14 | Do Portal do Governo

Nesta terça-feira, dia 13, faz quatro meses que o projeto foi implantado O programa de policiamento em casas de espetáculos foi implantado em 13 de maio. Embora seja cedo para avaliar seus efeitos, público, funcionários das casas e policiais já demonstram satisfação. O principal resultado está relacionado à sensação de segurança dos freqüentadores. “Se a presença dos policiais não era sentida pelo público, aumentava a sensação de insegurança”, diz o coronel Raugeston Bizarría, diretor de Ensino e Instrução da Polícia Militar.

Agora, com a presença dos policiais nos eventos, todos ficam mais tranqüilos. “A gente se sente mais seguro e o público, também”, diz Alexandre Di Pietro, gerente operacional do Tom Brasil.

Para Tércio Marinho, de 45 anos, ator, diretor e freqüentador de teatro, o policiamento em casas de espetáculos é importante porque “são sempre locais visados, por causa da intensa circulação de pessoas e veículos. Com a presença dos policiais, a gente fica mais seguro”. Desde maio, Marinho já foi aos teatros Sérgio Cardoso e Alfa – ambos cobertos pelo programa.

Os 162 policias, divididos em duplas, revezam 26 viaturas. São alunos da Academia do Barro Branco e do curso para Sargento do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cefap). Eles atendem 48 estabelecimentos em São Paulo, às sextas e aos sábados, das 19h30 às 0h30. Aos domingos, o Centro de Patrulhamento da Capital fica responsável pelo programa.

Desde o início do projeto, os policiais fizeram três prisões em flagrante: duas por roubo de carro e uma por assalto a uma pessoa. Também reconheceram e prenderam um foragido que estava sendo procurado pela Justiça.

Para o gerente do Tom Brasil, há, ainda, outro ponto importante. “Não temos mais reclamações de flanelinhas na região”, salientou. Na última vez em que foi ao teatro, Marinho não encontrou nenhum flanelinha. Para verificar o trabalho dos guardadores de carro, a PM conta com o auxílio do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra), da Polícia Civil.

De acordo com o coronel Bizzaría, um flanelinha já foi preso, acusado de extorsão. Nesse caso, o crime consiste em ameaçar o motorista do carro, caso ele não pague para o guardador.

Atendimento ao público

Apesar da atividade ostensiva de combate ao crime, a principal atividade desses policiais em casas de espetáculo tem sido o atendimento ao público. Dez pessoas foram socorridas quando passavam mal. Cinco brigas foram evitadas por policiais.

Como as viaturas estão sempre próximas das casas, se tornam pontos fixos de informação. Desde o início do programa, já foram mais de mil orientações. Cada dupla de policiais conhece as características do local, as vias de acesso, o pronto socorro e o Distrito Policial mais próximos.

Centro da cidade

Karina Saccomanno Ferreira, diretora da Casa das Caldeiras, na Zona Oeste de São Paulo, admira o projeto, também, como cidadã. “Tenho que arrastar meus amigos para fora de casa. Em São Paulo, as pessoas têm medo de sair à noite”, comentou. Com o programa, a sensação de segurança deve voltar. E Ferreira acredita que será mais fácil sair com os amigos.

Para Tércio Marinho, o policiamento em casas de espetáculos do centro da cidade leva o público ao teatro. “É um lugar bonito e nostálgico. Com o policiamento, as pessoas voltam a freqüentar o centro de São Paulo porque diminuem as sensações de medo e abandono”, justificou.

Luisa Destri, da Assessoria de Imprensa da Secretaria da Segurança